“Eu não quero morrer. Quero viver”. O apelo desesperado de Sinead O’Connor que está a assustar os fãs

A cantora irlandesa Sinead O’Connor publicou um vídeo na rede social Facebook a apelar à compreensão sobre o seu estado de saúde mental e à solidão que sente. “Estou completamente sozinha, não tenho ninguém ao meu lado”, diz.

A filmagem, com 12 minutos e meio, está a deixar os fãs da cantora e compositora extremamente preocupados. Sinead O’Connor gravou-se no quarto de um motel em New Jersey, nos EUA, a falar sobre a “solidão” que sente e sobre a “luta” diária que enfrenta. A cantora irlandesa diz ter “três doenças mentais” e atribui ao seu psiquiatra, o “homem mais querido da face da Terra”, o facto de ainda estar viva.

“Estou completamente sozinha, não tenho ninguém ao meu lado. Exceto o meu médico, o meu psiquiatra, que é o homem mais querido da face da Terra e que diz que eu sou a heroína dele – e esta é a única coisa que me mantém viva neste momento. O facto de eu ser a heroína dele… é tão patético”, desabafa O’Connor.

“Eu não quero morrer. Quero viver, quero viver. Eu tenho crianças [para cuidar]. Mesmo aquelas que me querem magoar”

A cantora, de 50 anos, conta que não vai à sua terra natal de Dublin desde 2015 por ser tratada “como mer… pelos familiares” e por “ninguém” se preocupar consigo. “Ando sozinha há dois anos como castigo por ser doente mental e sinto-me furiosa por ninguém tomar conta de mim”, frisa.

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A artista adianta ainda que é apenas “uma em milhões” de pessoas que são vítimas de distúrbios mentais. “A doença não escolhe pessoas. E o problema não é a doença, é o estigma. São os familiares dos doentes… Cuidem deles. Deem-lhes carinho, amor, visitem-nos”.

“Os estranhos no Facebook são mais carinhosos comigo do que a minha própria família”

Recorde-se que, em 2015, O’Connor esteve internada num hospital em Dublin, na Irlanda, para onde foi levada pela polícia depois de ter entrado em “overdose” e publicado no Facebook uma aparente carta de suicídio. A cantora, que sofre de doença bipolar, tem quatro filhos e perdeu no ano passado a custódia do mais novo, de 13 anos.

TEXTO: Ana Filipe Silveira