Morreu Jerry Lewis. Recorde os minutos “dolorosamente embaraçosos” de uma entrevista ao “rei da comédia”

Jerry Lewis Fotografia: EPA/Sebastien Nogier

Era conhecido como o “rei da comédia”. Tinha 91 anos e morreu este domingo de manhã na sua casa em Las Vegas, nos Estados Unidos. Jerry Lewis esteve internado nas últimas semanas devido a uma infeção urinária.

Alcançou o êxito há 71 anos ao lado de Dean Martin, com quem formou uma das duplas mais memoráveis – e improváveis – do cinema norte-americano. Encheram os clubes noturnos de Los Angeles e, sucesso atrás de sucesso, ficou conhecido como “o rei da comédia”, também título do filme que interpretou em 1982. Jerry Lewis tinha feito 91 anos em março passado. Morreu este domingo de manhã em Las Vegas, confirmou o seu agente, cita a imprensa norte-americana.

A última vez que subiu ao palco foi em outubro do ano passado no hotel South Hotel, na mesma cidade dos Estados Unidos. Deixou um conjunto de personagens emblemáticas e excêntricas na Sétima Arte, mas também na TV e na rádio, e que influenciaram as gerações seguintes à sua.

Dividiu sempre a sua paixão pela representação com trabalho humanitário. Lewis era presidente da Associação contra a Distrofia Muscular. Foi, aliás, durante um evento desta organização, realizado na década de 1976, que reencontrou Dean Martin, com quem não falava desde há 20 anos na sequência de uma batalha de egos que os separou.

Também cantor, argumentista, produtor e realizador, “The Nutty Professor”, de 1963, é um dos filmes mais marcantes da sua carreira.

No final do ano passado, Jerry Lewis foi um dos escolhidos pelo “The Hollywood Reporter” para incluir um conjunto de entrevistas a personalidades do cinema e da TV com mais de 90 anos que ainda trabalhavam. Andy Lewis, o repórter que conduziu a conversa, contou que esta se traduziu em “sete minutos dolorosamente embaraçosos”. “Lewis tem a reputação de ser uma pessoa difícil, mas talvez esta seja uma parte fundamental do seu sucesso. Não posso dizer se concorda com esta avaliação, porque ele recusa-se a responder a perguntas”, escrever o jornalista.

Recorde esse momento.

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TEXTO: Ana Filipe Silveira