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O jornalista brasileiro Marcelo Rezende, um dos históricos profissionais da Record TV, morreu este sábado, vítima de um cancro do pâncreas e no fígado. A informação foi confirmada no hospital Moriah, de São Paulo, onde estava internado desde a passada terça feira.

O estado de saúde de Rezende, o rosto do programa “Cidade Alerta”, um dos mais emblemáticos da estação brasileira, tinha piorado nos últimos dias, com a falência dos órgãos na tarde de sexta-feira a fazer prever este desfecho.

O cancro no pâncreas, um dos mais agressivos e com maior taxa de mortalidade, foi detetado na primavera deste ano e o jornalista anunciou-o na televisão. Durante uma entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, no início de maio, horas antes de ser internado pela primeira vez, Rezende disse que encararia a doença de frente e que regressaria “ainda mais forte”.

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Com a doença em estado avançado, o jornalista foi obrigado a abandonar a apresentação do programa “Cidade Alerta”, sobre crime e segurança, que apresentava desde 2012. Marcelo Rezende era conhecido pelo seu estilo bem-disposto e quase humorístico como tratava temas sérios e que na televisão brasileira têm muito impacto.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1951, esteve para ser mecânico aeronáutico, mas aos 17 anos ingressou no jornalismo por acaso, durante uma visita à redação do “Jornal dos Sports”. Foi no jornalismo desportivo que deu os primeiros passos, seguindo-se a Rádio Globo e mais tarde o jornal “Globo”, onde trabalhou durante sete anos.

A chegada à televisão demoraria ainda alguns anos. Em 1987 foi contratado para o desporto da TV Globo, mas a investigação de temas sobre segurança e criminalidade, que lhe valeram prémios de jornalismo, levaram-no irremediavelmente para essa área.

Em 1989 estreia-se como apresentador do “Linha Direta”, um programa policial que reconstruía crimes praticados por foragidos à justiça.

Em 2002 deixou a Globo e foi para a Rede TV!, onde apresentou o “Repórter Cidadão”, sendo contratado pela Record em 2010.

Marcelo Rezende deixa cinco filhos e uma neta.

TEXTO: Nuno Azinheira