Tony Carreira: “Há canções que são parecidas com as originais. Não o nego”

Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens

Numa entrevista exclusiva concedida ao “Jornal das 8”, da TVI, Tony Carreira volta a esclarecer as acusações de plágio por parte do Ministério Público. O cantor de música romântica, que é acusado de plágio em 11 dos seus temas, admite as semelhanças com algumas das canções originais, porém garante que está a ser alvo de um “ataque”, cujo propósito é “denegrir a sua imagem”.

“Há aqui canções que são parecidas com as originais. Não o nego”, contou Tony Carreira ao jornalista José Alberto Carvalho, em declarações ao noticiário da noite da estação de Queluz de Baixo, esta segunda-feira. “Está tudo bem. Errei. Já assumi o erro há 10 anos”, afiançou.

O artista, de 53 anos, justifica as semelhanças de alguns dos seus temas com os originais devido à inexperiência no mundo da música. “Por falta de experiência fiquei muito colado ao original”, contou, assegurando que “é um erro que acontece a muitos artistas em todo o mundo”. “Errei por falta de experiência musical, não para prejudicar ninguém”, reiterou.

O intérprete afirmou ainda que nunca houve queixas por parte dos autores dos temas originais. À exceção de um “publisher”. “Uma editora falou num problema. Sentámo-nos e resolvemos”, disse.

Quando à queixa apresentada pela Companhia Nacional de Música ao Ministério Público, Tony Carreira diz estar relacionado com o facto de o cantor ter realizado uma queixa junto das instâncias judiciais para que fosse retirada do mercado uma coletânea de canções lançada pela editora, “Os melhores covers de Tony Carreira”, interpretado por Miguel Oliveira. Um processo que venceu em tribunal há 10 anos. “O senhor [Nuno Rodrigues] nunca mais me largou”, afirmou.

Tony Carreira garante que se trata de uma tentativa de “denegrir a sua imagem” por parte da Companhia Nacional de Música. “Isto é uma vingança pessoal de alguém que não deve ter boa índole”, assegurou, afirmando por último que “não deve um pedido de desculpas a ninguém” e que continuará a apresentar-se nos palcos e junto do público da mesma maneira que o tem feito ao longo dos últimos 29 anos. “Vou ser eu, simplesmente”, rematou.

Recorde-se que o pai de David e Mickael Carreira é acusado pelo Ministério Público de 22 crimes de usurpação e contrafação em 11 temas que o artista canta nos seus espetáculos. São eles: “Depois de ti mais nada”, “Sonhos de menino”, “Se acordo e tu não estás eu morro”, “Adeus até um dia”, “Esta falta de ti”, “Já que te vais”, “Leva-me ao céu”, “Nas horas da dor”, “O anjo que era eu”, “Por ti” e “Porque é que vens”.

TEXTO: Alexandre Oliveira Vaz