“Já pedimos uma segunda edição de ‘Danças do Mundo'”

TEXTO: Ana Filipe Silveira

Sónia Araújo juntou-se a Sílvia Alberto, Tânia Ribas de Oliveira, Vanessa Oliveira e Jani Gabriel e viajaram pelo Mundo para aprender danças tradicionais de outros países. O resultado tem sido visto aos sábados à noite por uma média de quase 500 mil pessoas. 

Faz parte do leque de apresentadoras da RTP que integra o programa “Danças do Mundo”. A Sónia tem um historial ligado à dança. Houve algo que a tivesse surpreendido com o que aprendeu?

Aprendi muita coisa. A minha formação é de dança clássica, por isso tudo o que seja à parte tenho de aprender também. Já tinha aprendido danças de salão no “Dança comigo” [emitido na RTP1 em 2007]. Mas realmente facilita ter a base de dança clássica, que depois nos permite adaptarmo-nos a outros estilos.

De todos os estilos que já dançou, qual o que mais a cativa?

O tango argentino, em Buenos Aires.

Ter dançado na Argentina ajudou à aprendizagem?
Há coisas que só nos países é que conseguimos compreender. A essência está lá e isso ajuda. Podemos vê-los no meio deles e a ver aprende-se muito também.

“Danças do Mundo” junta o melhor dos dois mundos da Sónia: danças e TV…

E viagens, que eu adoro fazer. Com este programa, fui à Argentina e a São Tomé, que não conhecia, e ao Brasil. E adorei tudo. Depois, todas nós [as apresentadoras] nos demos muito bem.

Quantos dias estiveram em cada país?

Cerca de três dias. Não tivemos muito tempo, não deu para ver quase nada das cidades por onde passámos, porque são três dias de gravações muito intensos.

Disse que este já é um dos programas da sua vida. Gostava de uma segunda edição?

Queríamos imenso e já pedimos. Demos todas muitas ideias para irmos a outros países aprender outros estilos.

E a receção da parte da RTP a essa sugestão?

Acho que eles queriam, mas não depende apenas de nós e da estação, e sim de um conjunto de fatores. Mas sinto que há vontade de parte a parte de se fazer mais. É um programa que tem pernas para andar. Há muito conteúdo para explorar.

Depois deste formato, acredito que a Sónia e as outras cinco apresentadoras andem pelos corredores da RTP a dançar…

Isso não (risos). Mas sempre que regressava à “Praça” [programa da manhã que conduz ao lado de Jorge Gabriel] tinha de ensinar alguns dos passos que tinha aprendido. Brinco com o Jorge e ponho-o a dançar um ou outro passo.

Das sugestões que fizeram para uma outra série, não incluíram apresentadores?

Podia ser. Fazer um programa de pares (risos).

Como tem sido a receção do público?

Muito boa. Este é um programa em que aprendem também, porque além das aulas e da explicação da origem da dança, falamos da história dos locais onde estamos. Acaba por ser um programa cultural.

Este público que vê o formato aos sábado à noite é o mesmo que a vê de segunda a sexta nas manhãs da RTP1?

Espero que sim. Claro que há pessoas que não serão as mesmas, mas acredito que o público da manhã vá espreitar o formato à noite.