Acusado de assédio, Geoffrey Rush deixa presidência da Academia Australiana de Cinema

Fotografia: Phil McCarten/Reuters

Geoffrey Rush está a ser acusado de “comportamento inapropriado” para com uma atriz. O ator negou as acusações mas optou por abandonar o cargo por respeito aos colegas de profissão.

A queixa foi apresentada à Companhia de Teatro de Sidney, por uma atriz que fazia parte da peça Rei Lear, protagonizada pelo ator de 66 anos, entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. Rush nega as acusações mas considerou “não ser razoável” que os colegas “sejam de alguma forma associados a tais alegações” e decidiu afastar-se da presidência da Academia Australiana de Cinema e Televisão enquanto “os problemas não forem resolvidos”.

O intérprete anunciou a sua decisão através de um comunicado tornado público pelo seu advogado, que explicou que uma acusação de comportamento inapropriado “pode significar abuso, ‘bullying’ ou outros comportamentos repreensíveis”, tentando afastar à partida a ideia de que se trata de uma acusação assédio sexual.

Todavia, duas fontes anónimas da companhia de teatro, citadas pelo jornal “Daily Telegraph” de Sidney, dizem ter conhecimento de uma atriz que acusou Rush de lhe ter tocado de forma inapropriada.

Geoffrey Rush venceu o Óscar de melhor ator com o filme “Shine”, em 1997, e foi um dos atores da saga “Piratas das Caraíbas”, na qual interpretou o Capitão Hector Barbossa.