Amal Clooney, acérrima defensora dos direitos humanos, voltou a estar em destaque na imprensa internacional depois de ter saído em defesa dos refugiados e de ter lembrado que também ela já passou por uma situação semelhante.
Numa visita com o sogro a Toronto, no Canadá, onde participou num evento internacional relacionado com arte, foi o tema dos refugiados e a política de tolerância zero imposta por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, contra os imigrantes ilegais que motivou a atenção de Amal.
“Eu sou uma refugiada”, começou por referir a mulher do ator George Clooney. “Se o governo do Reino Unido não me tivesse dado a mão quando a minha família fugiu da guerra no Líbano, eu não teria sido capaz de crescer num ambiente seguro e receber a educação que tenho”.
A advogada de origem libanesa não escondeu ainda o sentimento de gratidão que sente em relação ao Reino Unido por ter aberto as portas à sua família durante um período de maior dificuldade na sua vida pessoal: “Dou graças por ter conseguido entrar num país que teve compaixão. Oxalá que isso aconteça em mais países do mundo”.
As declarações da ativista suscitaram um grande aplauso do público presente e surgiram num momento delicado nos Estados Unidos, marcado pela polémica em torno da política imposta por Donald Trump sobre os imigrantes ilegais e que tem levado à separação de muitas crianças dos seus progenitores na fronteira com o México.
Relativamente a esse assunto, Amal foi perentória e acusou o presidente norte-americano de falta de humanidade. “É uma vergonha. Não é apenas ilegal, é imoral”, rematou.
Amal Clooney nasceu na Líbia há 40 anos. Numa entrevista dada em abril à revista “Vogue”, a sua mãe explicou que o nome que deu à filha significa “esperança” em árabe, por esta ter nascido em Beirute durante uma pausa na guerra civil daquele país.
Amal e George Clooney têm-se destacado não só pelas palavras, mas também pelos atos. Recentemente, a fundação criada pelo casal doou 100 mil dólares (mais de 85 mil euros) para o Centro Jovem para os Direitos das Crianças Imigrantes, uma organização que representa em tribunal os menores separados das suas famílias.
George e Amal casaram-se em setembro de 2014, numa cerimónia em Veneza, em Itália, e em junho do ano passado foram pais pela primeira vez após o nascimento dos gémeos Ella e Alexander Clooney.
TEXTO: Duarte Lago (com DS)