Ana Bola: “Estava bem no teatro, mas ‘Rua das Flores’ aliciou-me”

Ana Bola
Fotografia: DR

Perto de completar 70 anos, a atriz volta à televisão para protagonizar a novela “Rua das Flores”, ao lado do seu amor artístico, José Pedro Gomes.

Há vários anos afastada das novelas e dedicada ao teatro – protagonizou, recentemente, o “Casal da Treta” -, Ana Bola, 69 anos – completa 70 em junho -, está de regresso à ficção nacional na novela das tardes da TVI “Rua das Flores”. A atriz protagoniza a vidente “Tília”, a protagonista da trama idealizada por Cristina Ferreira e escrita por Roberto Pereira e garante à N-TV que não foi muito difícil de convencer pela diretora de Entretenimento e Ficção da TVI.

“Não foi muito difícil ser convencida para fazer esta novela. Acho que percebi o que é que a Cristina (Ferreira) queria fazer e que me encaixava bem neste registo”, começa por referir Ana Bola. “Achei uma proposta muito interessante e muito diferente e foi basicamente por isso que não tenho dúvidas que vai ser um sucesso”, acrescenta.

Longe da televisão desde a série “1986”, há quatro anos, com argumento de Nuno Markl, Ana Bola dedicou-se aos palcos nos últimos anos e admite que o regresso ao pequeno ecrã não era uma prioridade. “Não fazia televisão há algum tempo, mas não tencionava fazer, porque estava bem no teatro e é uma arte que gosto muito de fazer. Já fiz muita televisão, mas este projeto aliciou-me”, confessa.

Ana Bola
Fotografia: DR

Cristina Ferreira e a TVI puseram a novela no horário das 19 horas, para combater “O Preço Certo”, de Fernando Mendes e da RTP1, e Ana Bola consegue perceber a decisão, pelas características de “Rua das Flores”.

“Acho que o horário das sete é o piscar o olho às pessoas que estão a chegar a casa depois do emprego. Esta novela é descontraída, é muito leve, é feita em tom de comédia, misteriosa, bonita visualmente, tem ótimos atores e parece que tem tudo para resultar”.

A atriz contracena com Paula Neves, Eduardo Madeira ou Paulo Futre, mas há um nome que destaca, pela amizade de décadas, no teatro e na vida pessoal. “O José Pedro Gomes é o meu amor do teatro”.

As palavras seguintes são dedicadas às gerações mais novas. “Há muito gente nova que é ótima. São as gerações mais novas que permitem não pensarmos todos os dias na velhice. E é super-engraçado descobrir miúdos que pouca coisa fizeram e que de repente estão a contracenar connosco! São muito bons e isso é muito giro!” diz Ana Bola, à despedida.