Recorde. Assédio sexual em Hollywood: quem são e o que dizem as mulheres que acusam Weinstein

“Convidou-me para ir ao quarto dele. Quando cheguei, fiquei aliviada por encontrar outra mulher no quarto dele e pensei que estava a salvo. Mas não. Ele levou-me à porta, ficou de pé e tentou beijar-me nos lábios. Consegui pará-lo e sair. Consegui o papel no filme e pensei sempre que foi por causa do que tinha acontecido. Desde então, senti-me mal por ter feito aquele filme. Achava que não merecia aquele papel… Não queria magoar a família dele. Senti-me culpada, como se tivesse feito algo de errado. Fiquei também apavorada com o facto de que isto também pudesse ter acontecido com outras mulheres que conheci, e que nenhuma falasse por medo”.

“Estávamos a conversar no sofá quando, de repente, ele saltou em cima de mim e tentou beijar-me. Tive que me defender. Ele é grande e gordo, então tive que usar a força para afastá-lo. Saí do quarto chegia de nojo. Eu não tive medo dele. Porque o conhecia e sabia que tipo de homem era”.

Numa reunião no quarto de hotel do produtor, tinha a atriz 22 anos, aquando de o filme “Emma” (1996). Weinstein tocou Paltrow e sugeriu uma massagem. “Eu era uma criança, fiquei paralisada”.

“Tive uma experiência má com o Harvey Weinstein na minha juventude e, por causa disso, optei não voltar a trabalhar com ele e alertar as mulheres que trabalhavam para a sua produtora. Esse comportamento com as mulheres, em qualquer área, é inaceitável”.

A estrela norte-americana foi uma das que falou primeiramente ao “The New York Times”. Contou que foi convidada para um café de negócios no hotel do produtor. Weinstein acabou por lhe pedir que ela subisse ao quarto, apareceu de toalha de banho e pediu à atriz uma massagem e que o visse a tomar banho. “Recusei diversas vezes, de diversas formas, e ele tinha sempre outro convite”.

Acusa-o de violação. “Jeff Bezos [da Amazon], eu disse ao diretor do seu estúdio que o Harvey Weinstein me violou. Disse-o várias vezes. Ele disse que isto não tinha sido provado. Eu disse que a prova era eu”. Na altura, McGowan tinha 23 anos e acabava de se estrear na série de televisão “Scream”.

Contou que o produtor tentou forçá-la a fazer sexo com ele e que afirmou que a mulher [Georgina Chapman] “não se importaria”. “Disse que podia dormir com quem quisesse quando estava fora da cidade. Eu saí daquela reunião a sentir-me mal. Não houve nenhuma menção explícita de que para ser a estrela de um eu teria que dormir com ele. Mas estava subentendido”.

“Eu disse que não queria fazer-lhe uma massagem e ele me perguntou se podia, então, fazer-me a mim uma massagem. Eu não sabia o que fazer e senti que se deixasse, ele iria tocar-me um pouco e talvez eu conseguisse acalmá-lo para sair de lá”. Brock trancou-se na casa de banho. O caso ter-se-á passado num hotel no sul da França, em 1997.

Weinstein ter-lhe-á pedido para “lhe fazer uma massagem” e terá depois praticado sexo oral, mesmo tendo a atriz insistido para que parasse. “Ele assustou-me muito. É um homem enorme e não parava. Foi um pesadelo. A questão de ser uma vítima é que eu senti-me responsável. Porque, se eu fosse uma mulher forte tinha-o pontapeado e fugia. Mas não fiz isso. E senti-me responsável”.

“O tipo de controlo que ele exercia era muito real. Só a presença dele era intimidadora”, disse. Stoller afirma ter sido forçada a um ato sexual durante uma reunião de trabalho.

“Ele começou a massagear os meus ombros, o que me fez ficar muito desconfortável. Depois, tentou chegar mais perto de mim e perseguiu-me”, contou, sobre o que terá acontecido num quarto de hotel durante o Festival de Toronto de 1995. Dias mais tarde, Weinstein apareceu no seu apartamento a dizer que queria falar sobre trabalho. “Abri a porta e fiquei aterrorizada”. Sorvino disse ao produtor que o namorado estava a chegar e ele foi-se embora.

Festival de Suncande de 2008, quarto de um hotel. Numa alegada reunião de trabalho, Weinstein masturbou-se em frente a Geiss. “Eu estava prestes a chorar, mas recompus-me e saí dali o mais depressa possível”.

O produtor terá tocado na atriz, que recusou as suas investidas. Arquette acredita que a sua carreira foi prejudicada por nunca ter permitido os seus avanços.

Entre os vários documentos que sustentam a investigação do jornal “The New York Times” e da revista “The New Yorker” encontra-se uma gravação áudio, já entregue às autoridades, alegadamente gravada em 2015. Nela, ouve-se Weinstein a admitir ter assediado Ambra Battilana Gutierrez. “Porque tocou no meu peito?”, pergunta-lhe a modelo filipino-italiana. “Oh, por favor, estou habituado a fazer isso”, respondeu. A modelo acusou Weinstein de a apalpar e de lhe pôr a mão por dentro da saia. Fez queixa na polícia, mas esta não avançou.

Tinha 18 anos quando foi a uma “audição”. Weinstein atendeu-a apenas com um roupão sobre o corpo, deixando-a desconfortável e sem saber o que fazer. Sentiu-se “violada”.

Conheceu Weinstein em Cannes em 2010 e o método utilizado é o mesmo: uma reunião de trabalho no quarto de um hotel. O produtor estava nu e exigiu que ambos tivessem relações.

Um pedido de passagem, dizendo que era um costume norte-americano. Foi isto que a atriz francesa ouviu da boca de Harvey. Recusou e o produtor tentou despi-la. Godrèche conseguir fugir.

“Pensava que ele se importava com a minha carreira. Num quatro de hotel, ele apresentou-me os guiões de três filmes. São teus, mas apenas de tiveres sexo a três comigo e com a minha assistente”, narrou a atriz.

Aspirante a atriz, conheceu o produtor em 1984, quando servia às meses num restaurante. A convite, encontrou-se com ele num quarto de hotel para fazer uma audição. Weinstein estava nu na banheira e pediu-lhe para que se despisse também, por que assim correria melhor. Roberts recusou e saiu.

Um quarto de hotel, mais uma tentativa de massagem. A atriz e cantora negou e o produtor correu atrás dela.

Acusa o empresário de, em 2004, a ter forçado a fazer sexo oral. Ocorreu durante um “casting” nos estúdios da Miramax, em Manhattan.

Executiva da The Weinstein Company, fundada pelo produtor, contou em 2015 haver um “ambiente tóxico na empresa para as mulheres”, depois de uma colega lhe ter contado que tinha sido forçada a fazer uma massagem.

Relatou mais um caso de uma massagem forçada.

Assistente de Harvey em Londres, Inglaterra, tinha 25 anos, em 1998, confrontou Weinstein depois de ter sido assediada, juntamente com outras colegas. Pediram-lhe para ficar calada.

A produtora relatou que, há cerca de 30 anos, uma executiva cuja identidade não revelou e que trabalhava com Weinstein nos estúdios Miramax, onde tinha uma casa alugada, lhe contou que encontrou o produtor deitado na sua cama completamente nu.

“Fui chamada para conhecer Harvey Weinstein no Savoy Hotel quando tinha 17 anos. Pensei que seria numa sala de conferências. Quando cheguei, a recepção disse-me para me dirigir ao seu quarto. Ele abriu a porta roupão. Eu era ingénua e jovem e não pensei que aquele homem mais velho e pouco atraente esperaria que eu tivesse algum interesse sexual nele. Depois de ter recusado um copo de vinho e avisar que tinha aulas na manhã seguinte, deixei o local, desconfortável, mas ilesa”.

A jornalista da Fox News contou que Harvey Weinstein a encurralou num restaurante, durante um evento privado, e se masturbou. Tentou ainda beijá-la.

“Foi-me oferecido um papel num filme quando eu tinha 19 anos. O Harvey disse que queria que eu fizesse testes de imagem em biquíni. Recusei e perdi o trabalho”.

A atriz francesa diz ter sido assediada em 1993, quando o produtor lhe prometeu uma “carreira grande” nos EUA se ela fosse sua amante.