“Bumba na Fofinha” sobre a maternidade: “É muito difícil uma pessoa não se sentir a falhar”

Fotografia: Instagram de Bumba na Fofinha

Mariana Cabral, ou “Bumba na Fofinha”, como é mais conhecida, foi a protagonista da capa deste mês da “Women’s Health” e falou sobre os desafios da maternidade.

Durante a sua entrevista a comediante abordou o lado menos glamoroso da maternidade e tocou em temas como a privação de sono, entre outros. De notar que a também “Youtuber” fez ainda uma sessão fotográfica para a revista em que mostra o seu corpo pós-parto sem complexos.

“[…] Com a minha filha passei os melhores momentos da minha vida, mesmo de longe, com uma grande distância dos outros, foi mesmo dos momentos mais bonitos e alegres da minha vida; mas também os piores, os mais cansativos, os mais… ali a flertar com o limite. Acho que é isso, na maternidade uma pessoa está constantemente a flertar com a exaustão, com a depressão, com o ‘burnout’…”, desabafou.

Mariana Cabral garantiu ainda que “não dá para imaginar o que é [a maternidade] é em termos de exigência emocional e física”.

A “influencer” falou ainda sobre as mudanças após o nascimento de Clara: “Eu acho que me preparei. Tenho por hábito preparar-me para o pior. Acho que é um exercício bom de conservação emocional que faço, preparo-me para o pior e normalmente surpreendo-me pela positiva. A questão é que não estava preparada para ser tão levada ao limite, acho que ninguém está. O mais difícil é o não dormir. A partir do momento em que a pessoa passa por privação de sono, acaba por dar uma lente muito mais difícil a todos os níveis, porque o sono é uma parte essencial, é um pilar fundamental da sanidade mental”.

“Eu acho que o sono é uma das camadas… uma criança, ao depender 100% de nós, acaba por nos drenar em todas as frentes. É muito difícil uma pessoa não se sentir a falhar, porque é impossível estarmos sempre em todos os quadrantes. Sentimos sempre que ela fala uma linguagem de recém-nascida e eu tenho de ser a ministra dos negócios estrangeiros dela, e intermediar a relação dela com o mundo e, muitas vezes, não se percebe nada, e isso é frustrante…”, referiu ainda à “Women’s Health”.