Catarina Furtado encontra menino refugiado que foi capa da revista “Time”

Catarina Furtado continua a sua viagem pelo campo de refugiados do Bangladesh – o maior do mundo -, e, a gravar para o seu programa da RTP “Príncipes do Nada”, descobriu o menino que foi capa da revista “Time”.

Uma descoberta no meio da desolação. A gravar o programa “Príncipes do Nada” no Bangladesh, a apresentadora da RTP1 encontrou uma criança que já foi falada a nível mundial.

“Este é o Asum. Tem dez anos e hoje salvou o meu dia. Vi nele a mudança que pode e deve acontecer quando não se desiste de alguém. Quando não se deixa esse alguém para trás, quando se está verdadeiramente atento à humanidade!”, começou por escrever no perfil de Instagram.

“Asum nasceu surdo e veio (como todas as cerca de um milhão de pessoas) fugidas do Myanmar para este campo de refugiados do Bangladesh com os tios (que o adoptaram informalmente). Fez capa da Revista ‘Time’ com uma fotografia de Kevin Frayer em que o seu rosto de desespero coberto de lágrimas impressionou de tal forma que a equipa da Organização Internacional para as Migrações não se esqueceu mais dele e veio a encontrá-lo juntamente com a sua família, algures nestes imensos terrenos que antes eram uma selva com elefantes”, acrescentou Catarina Furtado.

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Este é o Asum. Tem 10 anos e hoje salvou o meu dia. Vi nele a mudança que pode e deve acontecer quando não se desiste de alguém. Quando não se deixa esse alguém para trás, quando se está verdadeiramente atento à humanidade! Asum nasceu surdo e veio ( como todas as cerca de 1 milhão de pessoas) fugidas do Myanmar para este campo de refugiados do Bangladesh com os tios ( que o adoptaram informalmente). Fez capa da Revista Time com uma fotografia de @kevinfrayer em que o seu rosto de desespero coberto de lágrimas impressionou de tal forma que a equipa da Organização Internacional para as Migrações não se esqueceu mais dele e veio a encontrá-lo juntamente com a sua família, algures nestes imensos terrenos que antes eram uma selva com elefantes. Descobriram-lhe também o talento para se expressar através dos desenhos. Asum desenha tudo o que a sua memória não consegue apagar. Com os pormenores todos: as bombas que caíram dos helicópteros dos militares do Myanmar sobre as aldeias Rohingya, a tia a ser agredida, as pessoas a fugir. Os seus traços são uma forma de lidar com a dor, e de ganhar uma confiança extra . Uma forma de ser reconhecido. Elogiado. O sorriso que tinha desaparecido há dois anos, é agora contagiante de tão doce ( vejam as 3 fotografias). @principesdonada @iombangladesh #unfpagoodwillambassdor @unfpa #principesdonada @rtppt

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“Descobriram-lhe também o talento para se expressar através dos desenhos. Asum desenha tudo o que a sua memória não consegue apagar. Com os pormenores todos: as bombas que caíram dos helicópteros dos militares do Myanmar sobre as aldeias Rohingya, a tia a ser agredida, as pessoas a fugir. Os seus traços são uma forma de lidar com a dor, e de ganhar uma confiança extra . Uma forma de ser reconhecido. Elogiado. O sorriso que tinha desaparecido há dois anos, é agora contagiante de tão doce”, concluiu a apresentadora, visivelmente emocionada.

TEXTO: Rui Pedro Pereira

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