Catarina Gouveia partilha imagens inéditas do dia do parto

Fotografia: Instagram de Catarina Gouveia

Catarina Gouveia e Pedro Melo Guerra foram pais da bebé Esperança há dois meses e esta terça-feira, 26 de julho, a atriz partilhou imagens inéditas do dia do nascimento da filha.

“Às 5h da manhã, do dia 25, acordava com a minha primeira contração. Percebi logo, foi tão diferente de todas as outras, mas a impaciência dos últimos dias pedia-me que voltasse a fechar os olhos e a dormir. Minutos depois, lá estava aquele pedaço de dor intensa e assim se prolongou, num vai e vem, durante mais de 12 horas”, começou por contar.

“Nessa manhã, pedi ao Pedro que não saísse de casa. A nossa bebé tinha decidido nascer. Não disse a ninguém que estava em trabalho de parto, dispensava qualquer tipo de pressão. Éramos só os dois, tal e qual como idealizava. Eu só queria estar calma e recolhida, em paz e sossego, para que toda a dança hormonal da ocitocina pudesse fluir”, acrescentou.

“Entre contrações e respirações controladas e profundas, com muita segurança e confiança na sabedoria do meu corpo e da minha consciência, vivi o dia como quis. E estava um dia lindo!”, afirmou.

“Na reta final da minha gravidez, houve uma convicção que me guiou para as escolhas deste dia: queria chegar ao hospital já numa fase avançada. Queria chegar já bem dilatada. Sabia que, assim, reduzia a probabilidade de vir a sofrer intervenções no meu parto”, relatou.

“Encontrei o meu ritmo. Fiz o nosso pequeno-almoço, demos uma caminhada e fomos à praia. Foi no mar onde mais me conectei comigo e com a minha dor. Entre o areal e a água, deixei-me ficar ali horas”, relembrou.

“A intensidade da dor começou a mudar. Já não havia forma de silenciar ou contornar aquela sensação. Se confiarmos, a nossa intuição orienta-nos. Estava na hora de arrancar para o hospital. Tive uma hora de viagem, com contrações cada vez mais curtas e intensas. Quando chegavam, não conseguia falar, só respirar. De cada vez que abria os olhos, tinha a companhia de um brutal pôr-do-sol para me lembrar que eu estava no sítio certo, à hora certa. Teimosa, ainda quis parar numa estação de serviço para dar mais uma pequena caminhada”, explicou.

“Anoiteceu. Cheguei ao hospital às 22h, com a bolsa intacta, mas já no limite da dor, com sete centímetros de dilatação. Foi mel para os meus ouvidos. Tinha conseguido aguentar-me. Ainda consegui pedir a música que queria ouvir durante o parto. E às 2h da manha, há precisamente dois meses, recebi o maior amor da minha vida”, rematou.