“Cegos pelo desejo de condenar”. Alec Baldwin processa procuradores e gabinete do xerife

[Fotografia: Santa Fe County Sheriff's Office / Backgrid / Arquivo]

Defesa do ator Alec Baldwin processa procuradores do Novo México por acusação maliciosa e violação dos direitos civis. “Procuraram fazer dele um bode expiatório”, refere o processo.

O ator norte-americano Alec Baldwin, de 66 anos, está a processar o Ministério Público, nomeadamente a procuradora especial Kari Morrissey e a procuradora distrital de Santa Fé, Mary Carmack-Altwies, e funcionários do gabinete do xerife por acusação maliciosa e violação dos direitos civis.

Nos documentos, entregues na quinta-feira, os advogados de Alec Baldwin alegam que os procuradores do Novo México estavam “cegos pelo seu desejo de o condenar” pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, em 2021, no set de gravações do filme “Rust”.

O processo refere que os procuradores ocultaram intencionalmente provas que absolveriam Baldwin e “procuraram fazer dele um bode expiatório”.

Em declarações à BBC News, Morrisey afirmou que, “em outubro de 2023, a equipa de acusação tomou conhecimento de que o Sr. Baldwin tencionava intentar uma ação civil de retaliação. Estamos ansiosos pelo nosso dia no tribunal”.

“Os processos penais devem ter por objetivo a procura da verdade e da justiça e não a obtenção de ganhos pessoais ou políticos ou a perseguição de inocentes”, referiram os representantes de Baldwin, em comunicado enviado à agência noticiosa PA.

Segundo a defesa de Alec Baldwin, Kari Morrissey e os restantes arguidos violaram os “príncipios básicos” e “espezinharam os direitos” do ator. “Intentámos esta ação para responsabilizar os arguidos pela sua má conduta e para os impedir de fazer o mesmo a qualquer outra pessoa”, concluíram.

Halyna Hutchins morreu a 21 de outubro de 2021, durante as filmagens do western “Rust”, após ser atingida por uma bala de uma arma de adereço disparada por Baldwin. O ator de Hollywood foi absolvido, em julho do ano passado, do crime de homicídio por negligência, enquanto a armeira do filme, Hannah Gutierrez-Reed, foi condenada a 18 meses de prisão.