Foi com o “Hino ao amor” de Édith Piaf que Céline Dion surgiu no primeiro piso da iluminada Torre Eiffel, em Paris, para encerrar com magia a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Após o diagnóstico da Síndrome da Pessoa Rígida, a cantora canadiana voltou à cena, comovendo-se e emocionando o público.
Ao longo de muitas horas, a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024 contou com diversas atrações musicais, estando a melhor reservada para o final. Como prometido, Céline Dion não falhou.
Após a pira olímpica ser acesa e a bandeira hasteada, a artista canadiana, de 56 anos, encerrou o evento na varanda da Torre Eiffel, a partir de onde interpretou o clássico de Edith Piaf “L’Hymne à l’amour” (“Hino ao amor”).
O brilho no seu olhar denunciou a comoção pelo regresso à ribalta após o diagnóstico de Síndrome da Pessoa Rígida. Esta foi a sua primeira apresentação desde que se afastou dos palcos em dezembro de 2022.
A doença neurológica de que sofre dificulta o controlo das cordas vocais, o que a obrigou a cancelar a digressão, sendo que a cantora já não cantava em público desde março de 2020.
Foi apoteótica a atuação de Céline Dion, que despertou lágrimas nos olhos do mundo. Ela brilhou não só com a voz, como pela elegância com que se apresentou.
Na sua aparição, a intérprete exibiu um vestido de alta costura Dior de mangas compridas composto por “milhares de pérolas e mais de 500 metros de franjas”, como descreveu o comunicado da marca francesa.
“A doença não tirou nada de mim. Vou voltar ao palco, mesmo que tenha que gatinhar. Mesmo que eu tenha que falar com as mãos, eu o farei. Eu vou!”, confessou, anteriormente, em entrevista à NBC. Cumpriu, sem limitações, merecendo a primeira medalha desta edição dos Jogos Olímpicos.