Cifrão integra projeto pedagógico: “Pode mudar a vida de uma pessoa”

Cifrão
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Vítor Fonseca, mais conhecido como Cifrão, aventurou-se num Projeto Pedagógico de Orientação Vocacional e Profissional, o “GPS”. O cantor e coautor do livro mostrou-se motivado com o desafio.

O bailarino, de 43 anos, começou por contar que este projeto escolar e educativo, em parceria com a Betweien, Lda., é um encontro entre as suas capacidades e o conhecimento ao nível da educação.

“Estou ligado à educação há bastante tempo porque dou aulas desde os 16 anos e sempre tive um interesse em desenvolver uma parte pedagógica, não só da dança, como a parte educativa relacionada com as artes. Este projeto não está relacionado com a parte da dança mas está com as escolhas que tu tens para a tua formação de futuro”, disse em declarações à N-TV.

“Quando o convite foi feito para falar um bocadinho sobre estes temas para mim fez sentido porque é a união entre as minhas capacidades e os meus conhecimentos a nível da educação e daquilo que sempre desempenhei”, acrescentou.

O também ator assegurou que este tipo de projeto pode mudar a vida dos mais novos: “Os projetos de cariz pedagógico têm a capacidade de mudar a vida aos miúdos e às pessoas a que estão ligadas. Nós, em termos de dança, temos a possibilidade de trabalhar com escolas em bairros problemáticos, com escolas com mais dificuldades e o projeto de dança dá um suporte grande a nível social, familiar e educação. Por isso, o facto de ser um projeto educacional faz todo o sentido porque realmente pode mudar a vida a uma pessoa se realmente estiver alinhado connosco”.

O artista acredita que o grande problema é a informação mal direcionada. “Há muita informação, mas, às vezes, não está direcionada, nem chega da melhor forma aos alunos. […] O livro vai alertar para isto: és tu que tens de fazer a tua escolha, de consciência, tens muitas bases para isso, tens um leque gigante de opções para formares a tua profissão e mais do que tudo um ‘hobby’ ou uma coisas que gostas de fazer pode ser uma profissão. Podes ser uma data de coisas novas que estão a surgir. [….] É mostrar que se tomares uma decisão podes voltar atrás não há problema nenhum, se não te sentes bem no trabalho podes voltar a estudar e mudar de profissão. Até promover o ano sabático. Para parares, viajares e falares com outras pessoas”, disse.

“GPS” tem como objetivo promover a “construção de projetos vocacionais e profissionais,
sensibilizando e dotando os jovens de ferramentas que os auxiliem no seu processo
de desenvolvimento”. O público-alvo são os alunos do 3.º ciclo de escolaridade, que terão oportunidade de explorar o conteúdo do projeto através da leitura, da música e do teatro.

O livro, que está dividido entre três histórias ficcionadas “Autoconhecimento no processo de desenvolvimento vocacional e profissional”, “Alternativas de percursos formativos e
ofertas existentes” e “Aprendizagem ao Longo da Vida”, foi coescrito por Vítor Fonseca.

“O livro fala sobre as decisões de escolher o curso, as perspetivas que eles têm e os diferentes cursos que existem. […] É fazer com que a escolha deles e a ligação seja melhor para que tenham uma vida mais feliz. Por que se tu fizeres aquilo que gostas durante a vida és muito mais feliz”, acrescentou. “Desde que sou miúdo que sei o que quero e tenho uma data de exercícios que faço para o meu processo de escolha e falei sobre isso quando estávamos a escrever. São exercícios para tomar decisões mais informadas”, disse ainda.

Além do livro, este projeto tem três letras de músicas compostas e uma dramatização, que será a adaptação das narrativas do livro ao teatro.