“Coincidência divina ou não”. Diogo Piçarra reage às acusações de plágio

Diogo Piçarra reagiu, através das redes sociais, às acusações de plágio de que tem sido alvo nas últimas horas. O tema que levou ao Festival RTP da Canção está a ser comparado a um da Igreja Universal do Reino de Deus.

“A simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição. Faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos ‘sofrer’ a vida toda”. Começa assim a reação de Diogo Piçarra às acusações de plágio de que tem sido alvo desde esta manhã. Nas redes sociais, o tema “Canção do fim”, que defendeu na segunda semifinal do Festival RTP da Canção, este domingo, está a ser apontado como semelhante a “Abre os Meus Olhos”, inserida no Volume II do álbum “Cânticos do Reino”.

Num texto publicado nas redes sociais, Piçarra, que conseguiu a pontuação máxima do júri do concurso e dos espectadores, refere que “‘Canção do Fim’” surgiu em 2016, juntamente com muitas outras” do seu mais recente disco, “do=s”. “Mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música”, frisa. “E é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, perceber que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói”, realça.

O músico, o favorito a suceder a Salvador Sobral na Eurovisão, escreve que a sua “consciência está tranquila” e que é ele o “mais surpreendido no meio disto tudo”. “Nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções”, continua.

“Como disse, a simplicidade tem destas coisas, e as melodias na música não são ilimitadas. Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer.”
Diogo Piçarra

Diogo Piçarra termina sublinhando que “as pessoas ‘quando olham, veem tudo’, no entanto, só o lado mau procuram destruir”. “Infelizmente, informo que isso nunca acontecerá”, remata.

Ouça o tema que Diogo Piçarra interpretou:

E a do canto litúrgico da Igreja Universal do Reino de Deus:

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TEXTO: Ana Filipe Silveira

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