Daniela Ruah esteve nos últimos dias em Portugal, na Figueira da Foz, a gravar para a RTP1 a segunda temporada de “A Espia”, mas a atriz portuguesa mais internacional já está com as malas feitas para os Estados Unidos, onde vai realizar dois episódios da série “Investigação Criminal”. Recorde-se que a atriz deu vida à agente especial “Kensi” no “spinoff” “Investigação Criminal – Los Angeles”, na qual chegou a dirigir um episódio em 2021.
“Os dois trabalhos que posso adiantar são mesmo como realizadora. Vou realizar um episódio do ‘Investigação Criminal’ e depois vou realizar um episódio do ‘Investigação Criminal – Havai’. Vou passar três semanas no Havai, que pena, que chatice!”, diz, bem-humorada.
Daniela Ruah esclarece os fãs que seguem as diversas séries norte-americanas. “Eu fazia o ‘Investigação Criminal – Los Angeles’, agora vou realizar o original, que já vai na 21.ª temporada. O do Havai já vai na quarta, não tem nada a ver com o nosso elenco de los Angeles”.
Recorde-se que, em Portugal, a intérprete realizou o telefilme “Os Vivos, o Morto e o Peixe Frito” para a RTP1.
Nos últimos meses, com as greves dos guionistas de Hollywood, Daniela Ruah abraçou o papel de “mãe” de Sierra e River Isaac. “Agora acabou a greve dos guionistas, felizmente, mas entretanto passei muito tempo no papel de mamã”, recorda a atriz. “Foi ótimo poder acompanhar as visitas de estudo dos meus filhos, nunca na vida conseguia prever com um mês de antecedência”.
Voltava a “Os Traidores”
Além de “A Espia”, Daniela Ruah não tem, para já, mais projetos em Portugal, mas abraçava de bom grado uma segunda temporada de “Os Traidores”, da SIC. “Acho que sim, foi muito bom, foi uma análise psicológica de um grupo e pessoas superinteressantes. Fui buscar um pouco de atriz e custou-me imenso não entrar abertamente nas conversas dos concorrentes por causa das informações que tinha”.
Para já, a realidade chama-se “A Espia”. “Há um critério para aceitar um trabalho, acima de tudo tem de me preencher criativamente. Nunca tinha trabalhado nem com os realizadores nem com os atores Maria João Bastos ou Diogo Morgado. Nunca tinha feito uma peça de 1940 e por isso foi uma aceitação bastante fácil”.
Sobre a exportação de séries nacionais, a atriz mostra-se “super orgulhosa”. “Não só andamos a produzir séries muito boas, como ‘A Espia’, o ‘Glória’, o ‘Rabo de Peixe’, como começam a ter alguma atenção internacional porque têm uma qualidade brutal. A expectativa daquilo que se quer ver é maior do que antigamente estamos a servir uma população de milhões”.
A atriz prefere não comparar o mercado televisivo nacional com o dos Estados Unidos. “Isto é ‘showbusiness’, o que significa que tem de haver um retorno financeiro. Como em Portugal será sempre menor porque a audiência é mais pequena, o financiamento nas séries é mais baixo. Mas cá as equipas técnicas, produção e atores fazem um esforço enorme para que as coisas aconteçam. É uma paixão enorme estar aqui, porque sem isso não dava”, conclui Daniela Ruah.