Diana/20 anos: O que mudou na monarquia europeia após a morte da “princesa do povo”?

Na semana em que se cumprem duas décadas do desaparecimento de Diana de Gales, a N-TV apresenta o primeiro de cinco artigos que assinalam esta efeméride. Para começar, debruçamo-nos nas muitas mudanças que se seguiram na monarquia europeia desde o fatal acidente da “princesa do povo”, como ainda hoje é considerada a mãe dos príncipes William e Harry.

Desde a sua morte, já aconteceram casamentos, nascimentos e abdicações ao trono. As famílias europeias monárquicas nunca como agora foram alvo de um meticuloso escrutínio por parte da imprensa.

Eis os momentos mais marcantes vividos desde a morte de Diana Spencer, a mulher que (não só) em vida revolucionou o olhar com que encaramos a realeza.

TEXTO: Dúlio Silva

MONARQUIA DO REINO UNIDO




Fotografia: Reuters

Lady Di

A sua morte, num trágico acidente no túnel da Ponte de l’Alma, em Paris, que quem acompanhou de perto não mais esquecerá, já consiste numa clara mudança na forma como o povo passou a olhar para a monarquia britânica.

As cerimónias fúnebres da princesa Diana levaram milhares de pessoas até às ruas de Londres. Mas milhões (estima-se que 31,5) de ingleses assistiram ao funeral através do pequeno ecrã. É, por isso, um dos eventos com maior audiência na televisão daquele país.

Voltamos a Diana Spencer. A sua personalidade fez com que a imagem gélida e distante que a monarquia britânica tinha junto do povo se apaziguasse.

MONARQUIA DO REINO UNIDO




Fotografia: Eddie Keogh/Reuters

Rainha Isabel II de Inglaterra

O barómetro de popularidade da monarca inglesa tem sido feito de altos e baixos. Na altura do último adeus a Diana Spencer, os ingleses criticaram – e muito – o distanciamento da rainha Isabel II deste acontecimento. O silêncio da família real britânica – que o jornal “The Sun” apelidou de “abandono” aos ingleses – terminou quando a monarca protagonizou uma curta mensagem destinada ao público e transmitida em televisão.

As alegadas divergências entre a rainha Isabel II e a “princesa do povo” eram e continuaram a ser alvo de um rigoroso escrutínio, que foi pacificado recentemente, com uma carta que terá sido escrita pela monarca seis dias após a morte da nora a ser tornada pública. “Era um ser humano excecional e dotado.”

Também este ano, a 6 de fevereiro, os ingleses testemunharam um dia histórico para o Reino Unido: a rainha Isabel II celebrava nesse dia 65 anos no poder. Aos 91 anos, a monarca é não só a que mais tempo está à frente do trono, como a primeira figura da realeza a celebrar o Jubileu de Safira.

MONARQUIA DO REINO UNIDO




Fotografia: Jose Sena Goulão/Reuters

Príncipe Carlos

Oito anos volvidos do desaparecimento de Diana de Gales, é feito o anúncio do segundo casamento de Carlos, com Camilla Parker-Bowles. O matrimónio, pelo civil, viria a acontecer no dia 9 de abril de 2005.

Romance polémico à parte, o nome do príncipe de Gales permanece no primeiro lugar da linha de sucessão ao trono britânico. Contudo, mantêm-se de igual forma os rumores, adensados nos últimos anos, de que a intenção da rainha Isabel II seja afastar o filho do trono e nomear o neto William como rei de Inglaterra.

O futuro da realeza britânica permanece uma incógnita.

MONARQUIA DO REINO UNIDO




Fotografia: Hannah McKay/Reuters

Príncipe Filipe

O Palácio de Buckingham anunciou há cerca de quatro meses que, aos 96 anos, o duque de Edimburgo “deixará de desempenhar funções reais a partir do outono” deste ano, uma decisão que contou com “o apoio total da Rainha”.

MONARQUIA DO REINO UNIDO




Fotografia: Andrew Matthews/Reuters

William e Kate, duques de Cambridge

A relação começou em 2004, na Universidade de St. Andrews, onde se conheceram. Seis anos depois, a família real anunciava em comunicado que William e Kate Middleton estavam noivos. A oficialização da relação aconteceu meses depois, no dia 29 de abril de 2011, e já aí se percebia o encanto dos ingleses por este casal.

A verdade é que a história de amor entre o príncipe e a plebeia voltou a aproximar a monarquia inglesa ao seu povo. Aliás, a simplicidade e a proximidade de Kate junto dos britânicos rapidamente trouxe à tona comparações com a sogra que nunca chegou a conhecer, Diana de Gales. A popularidade deste casal intensificou-se com o nascimento dos dois filhos do casal, George e Charlotte.

MONARQUIA DE ESPANHA




Fotografia: Arnd Wiegmann/Reuters

Rei Juan Carlos de Espanha

2 de junho de 2014. Ao fim de quase quatro décadas no trono espanhol, o rei Juan Carlos anunciava nesta data a abdicação ao trono, para dar “um impulso de renovação” a Espanha.

Também ao longo dos últimos anos, o agora rei emérito tem sido alvo de vários rumores de infidelidade. Numa biografia não autorizada sobre a vida íntima do monarca espanhol, que será lançada em setembro, é escrito que Juan Carlos terá tido nas últimas décadas milhares de amantes. Um escândalo que tem abalado o casamento de 55 anos com Sofia.

De resto, os rumores de um expectável divórcio têm aumentado. Consta que Juan Carlos e Sofia fazem vida de separados há muitos anos. Publicamente, as aparências mantêm-se.

MONARQUIA DE ESPANHA




Fotografia: Vincent West/Reuters

Rei Filipe VI de Espanha e Rainha Letízia

É desde o dia 19 de junho de 2014 rei de Espanha. Também nos últimos 20 anos a sua vida teve grandes mudanças, a começar pelo casamento mediático com a antiga jornalista Letízia Ortiz, em 2004, com quem tem duas filhas, Leonor e Sofia.

Quanto a Letízia – mais um caso de alguém com origens bem longínquas da monarquia e que chega à realeza -, tornou-se num verdadeiro ícone de beleza em Espanha. Apreciado por uns, desvalorizado por outros, o seu estilo dita tendências.

Mas nem tudo foi um mar de rosas para os atuais reis de Espanha, como foi o caso do julgamento de infanta Cristina de Espanha e seu marido.

MONARQUIA DE ESPANHA




Fotografia: Enrique Calvo/Reuters

Iñaki Urdangarín

Ao fim de três anos, chegou finalmente ao fim em fevereiro o julgamento que tinha, entre outras 17 pessoas, a infanta Cristina de Espanha e o marido, Iñaki Urdangarín, como arguidos, julgados por fraude fiscal, tráfico de influências, desvio de dinheiros públicos e branqueamento de capitais, entre outros crimes.

Sofia acabou por ser absolvida. A sua cara-metade foi condenada a seis anos e três meses de prisão. Uma polémica que se mantém na memória dos espanhóis e que os monarcas geriram de forma meticulosa. “Temos respeito absoluto pela independência do poder judicial”, disse um porta-voz do Palácio da Zarzuela, em nome do rei Fiipe VI, no dia da leitura do acórdão.

MONARQUIA DO MÓNACO




Fotografia: Eric Gaillard/Reuters

Alberto II e Charlene do Mónaco

“A noiva mais triste da realeza.” O comentário que mais se ouve quando se recorda a imagem de Charlene Wittstock no dia do seu casamento com Alberto II, a 1 de julho de 2011. Talvez por isso os rumores de um matrimónio infeliz cresçam, de dia para dia.

Há quem acredite que a agora Princesa do Mónaco terá fugido do palácio real dias antes do enlace. A tomada de consciência da posição que viria a ocupar e da alegada infelicidade que pautava aquela relação terão sido razões suficientes para tal. Mas, claro, trata-se de um boato que nunca veio a ser confirmado.

O casamento – de fachada, consideram muitos – mantém-se, ainda assim. E já com dois filhos, Jacques e Gabriela, nascidos a 10 de dezembro de 2014, que se vêm juntar aos dois ilegítimos que foram reconhecidos por Alberto II. Jazmin Grace Rotolo (fruto de um caso com Tamara Rotolo), de 25 anos, e Alexandre Coste (de uma relação com Nicole Coste), de 14, foram assumidos pelo príncipe em 2006 e 2005, respetivamente.

Mas Charlene é também notícia pelo seu glamour. Nos últimos seis anos, as escolhas visuais da princesa têm sido, indubitavelmente, as mais elogiadas pela imprensa especializada.

 

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