Drama: “A Pipoca Mais Doce” marcada pela morte do irmão num acidente de carro

Ana Garcia Martins
Fotografias: Instagram Ana Garcia Martins

A história da tragédia não é nova, mas foi agora recuperada pelas Imprensa devido à crescente influência da blogger Ana Garcia Martins nas noite do “Big Brother – A Revolução”, na TVI: “A Pipoca Mais Doce” perdeu o irmão num acidente de viação quando tinha 18 anos.

“A Pipoca Mais Doce” é uma das mulheres do momento. Não só tem um blogue com milhares de seguidores, como ganhou mediatismo no “Big Brother” apresentado por Cláudio Ramos e, agora, no “reality show” conduzido por Teresa Guilherme. Além de ter um lugar cativo nas galas de domingo, Ana Garcia Martins é ainda comentadora residente do programa “Extra”, de Maria Botelho Moniz.

Esta ascensão mediática da jornalista aumentou a curiosidade sobre o seu passado e a Imprensa trouxe para a atualidade uma tragédia que não é nova, mas que marca para a vida a mulher do empresário Ricardo Martins Pereira, mais conhecido pelo blogue “O Arrumadinho”: a morte do irmão de Ana Garcia Martins, Tiago, quando a blogger tinha 18 anos.

“A Pipoca” falou, pela primeira vez, do drama que lhe marca a vida num texto no seu blogue, no dia 15 de agosto de 2006 e voltou a recordar a tragédia no ano passado. “(…) Chamava-se Tiago e morreu há sete anos, num acidente de automóvel. Eu tinha 18 e, nessa altura, uma pessoa de 22 anos parecia-me ser já uma pessoa muito mais velha, com imensas responsabilidades”, começou por escrever.

“É a primeira vez que falo dele neste blog, o que é normal. Tento que este espaço seja divertido (atenção, eu disse “tento”), e este assunto não é, de todo, animado. Mas hoje apetece-me, estou assim-assim, talvez seja por isso. Cá em casa não se fala muito nele. É normal, acho que ainda está tudo um bocado em estado de choque, mesmo que já lá vão sete anos”.

Ana Garcia Martins lembrou, na altura, os momentos de aflição na família: “Para mim, foi ontem que o telefone nos acordou às três da manhã, que a minha mãe desatou aos gritos, que o meu pai se voltou a deitar, sem dizer nada, e que eu fiquei ali, de pé no quarto dos meus pais, sem saber qual deles atender primeiro. Lembro-me perfeitamente de as pessoas nos entrarem em casa madrugada fora, das cenas de gritos e choro, de eu adormecer e acordar cedo a pensar que tinha sonhado. De saltar da cama, de perceber que era mesmo a sério, de ir ao sítio do acidente e aí sim, deparar-me com a realidade e com a irreversabilidade da coisa”.

“Um carro completamente destruído, toda a gente a agarrar-me. Deviam estar com medo que me desse uma coisinha má e eu caísse ali redonda, mas eu só queria ver.
Acho que não há um único dia em que não me lembre disso. Tenho medo de me ir esquecendo das feições, da maneira de ser. Às vezes olho-me ao espelho e fico assustada com semelhanças que nunca tinha visto antes. O que aconteceu é de uma tristeza que não se pode imaginar. Vejo como os meus pais envelheceram dez anos, como perderam tanta alegria e consome-me saber que terão que viver com aquela dor para sempre. Não há injustiça maior”.

“A Pipoca” acrescentou: “Esforço-me por não me esquecer do tom de voz, da paixão pelo Benfica, pelos ataques de parvoíce típicos dos irmãos mais velhos, pela mania irritante de quem acha que sabe tudo e tem sempre razão, pela aversão à Matemática. Quando me perguntam se tenho irmãos a tendência é sempre para dizer que não. Explicar a história é complicado, as pessoas ficam constrangidas e, a maior parte das vezes, acabo sempre por levar com um ‘vê-se logo que és filha única’. Já me habituei e não ligo”, rematou.