Entrevista: Inês Lopes Gonçalves e a estreia no “5 Para a Meia-Noite”: “Para uns correu lindamente, para outros foi um horror”

RTP
Fotografias: Pedro Pina/RTP

A apresentadora da RTP1 mostra poder de encaixe com os comentários pouco abonatórios que leu depois de se estrear a solo no “talk show”.

Uma “chuva” de críticas e alguns elogios: não foi fácil o dia seguinte para Inês Lopes Gonçalves que, na passada quinta-feira, estreou-se a substituir Filomena Cautela na apresentação da nova temporada do “5 Para a Meia-Noite”, o “talk show” da RTP1.

Nas redes sociais, os seguidores foram arrasadores – “não foi mau, foi péssimo, volta Filomena” ou “a bater no fundo, velhos e bons tempos os do Luís Filipe Borges, Pedro Fernandes e Nilton” foram as frases mais vorazes -, mas também houve (alguns) elogios: “Parabéns, Inês, muito boa profissional” ou “não ligues às críticas, tens muito carisma”.

Imperturbável com os comentários, positivos ou depreciativos, Inês Lopes Gonçalves – para quem o “5” não tem segredos, uma vez que já era o braço direito de Filomena Cautela nas emissões em direto -, mostra “fair play”, em entrevista à N-TV, depois de a sua estreia ter ido para o ar no primeiro canal: “Como correu depende bastante do ponto de vista. De certeza que para uns correu lindamente e para outros foi um horror”, começa por referir Inês Lopes Gonçalves. “Mas a vida é muito isto, pelo que no fim diria que interessava, talvez, a honestidade com que se fazem as coisas. E eu, honestamente, diverti-me.”

Logo na estreia a hipótese de entrevistar o homem que tem a cargo os milhões de investimento que chegam de Bruxelas: “A entrevista com o professor António Costa Silva, mas foi igualmente estimulante, é uma pessoa extraordinária”, elogia.

Inês Lopes Gonçalves assume os nervos, mas garante que fazem parte do trabalho: “No dia em que eu achar que já não há segredos ou não ficar nervosa é porque, se calhar, já não estou a fazer as coisas lá muito bem” e lembra que Filomena Cautela já lhe dá dicas “há quatro anos”.

A comunicadora não sentiu o peso da responsabilidade de substituir a última imagem de marca do “5 Para a Meia-Noite”: “Sinto a responsabilidade de estar à frente de um programa que já tem uma história na RTP e onde já passaram vários apresentadores e ninguém nunca substituiu ninguém”, conclui.