Eurovisão será “a mais económica” em dez anos. E RTP não fecha portas à concorrência

Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da estação pública. Fotografia: Álvaro Isidoro/Global Imagens

Em 2018, Lisboa vai receber a 63ª edição do Festival Eurovisão da Canção e a RTP aposta num registo de “elegância e autenticidade” na sua organização, disse Gonçalo Reis durante a apresentação de novidades do certame à comunicação social, que decorreu esta terça-feira à tarde no Oceanário de Lisboa.

O presidente do conselho de administração da estação pública fez a antevisão do espetáculo de música como “o mais económico de todos” dos últimos dez anos. Mas, frisa, será “um evento de grande nível, sofisticado, que vai projetar os valores de uma grande produção televisiva, num registo de elegância e autenticidade. Estamos crentes de que vai ser um dos festivais mais criativos e interessantes de sempre”.

A Altice Arena, no Parque das Nações, vai servir de palco às semifinais do concurso, que vão decorrer a 8 e 10 de maio, e à final, a 12 do mesmo mês. Contudo, a Eurovisão vai estender-se a toda a cidade de Lisboa. Entre os dias 4 e 13 maio, o Terreiro do Paço acolherá o Eurovision Village, um espaço de entrada gratuita, classificado como a “sala de estar” do certame e onde vai ser possível acompanhar as transmissões televisivas. Desconhecida é ainda a localização do Euroclub, uma discoteca à beira-rio, que promete animar as noites dos intervenientes do evento.

Inspirado na ligação lusa ao mar, “All Aboard” (“todos a bordo”, em português) foi o slogan escolhido pela organização para a edição deste ano do Eurofestival. O logótipo consiste numa concha azul em forma de espiral, tendo sido apresentadas 12 variações gráficas, todas elas ligadas ao mar. Nicolau Tudela, diretor de arte da RTP, foi o responsável pela criação da imagem gráfica.

Apresentadores podem ser de outros canais

O nome dos apresentadores do evento também não foi revelado pelo operador público, que remete mais informações para o início de 2018. Gonçalo Madaíl, diretor criativo da RTP e um dos responsáveis pela organização do evento, assegurou que serão rostos “garantidamente portugueses”, deixando em aberto a possibilidade de se tratarem de apresentadores de estações de televisão concorrentes.

“Este é um evento nacional e tem um orgulho próprio. Todas as pessoas que podem vir a compor este grupo podem ou não pertencer a outros canais”, explicou Madaíl em declarações aos jornalistas.

Já Daniel Deusdado, diretor de programas da RTP1, realçou a importância de “conjugar o conceito com as pessoas” e que os profissionais escolhidos terão de ser capazes de “representar a marca [da Eurovisão] do ponto vista internacional.”

O festival, que se realiza pela primeira vez no nosso país – graças à vitória de Salvador Sobral na edição passada – contará com a participação de 42 países. Os bilhetes serão colocados à venda ainda este mês.