Quem a vê, em “Alma e Coração” (SIC), no papel de Adelaide a beijar André (Afonso Pimentel) fica com a sensação que não é algo habitual. E não é. Estas são raras cenas amorosas da atriz, de 54 anos, que confessa ter ficado apreensiva. Valeu a cumplicidade entre os intérpretes.
É num veleiro, à beira Tejo, que começa o romance – entretanto interrompido – entre as personagens Adelaide (Manuela Couto) e André (Afonso Pimentel). Os dois beijam-se, vão para a cama e começa aqui uma relação entre duas pessoas com uma grande diferença de idades. Entretanto, Adelaide descobriu que André é um interesseiro e que até lhe chamou “decrépita”, o que valeu o despedimento do jovem do estaleiro naval.
“De facto, não costumo fazer cenas amorosas e confesso que estava um pouco apreensiva”, admite, em exclusivo, Manuela Couto à N-TV, para dar todos os créditos ao companheiro de cena: “Mas o Afonso Pimentel é um ator tão talentoso e generoso que correu muito bem e sinto que ultrapassei essa ‘questão’”.
Mas há mais. Os dois já fizeram de mãe e filho no filme “Coisa Ruim”, de 2005. Também a relação que temos fora de cena (o Afonso já foi meu filho) é muito cúmplice e ajudou-nos muito”, acrescenta Manuela Couto.
Sobre a sua personagem, Adelaide, chegou o tempo da desilusão. “A Adelaide apaixonou-se realmente pelo André e ouvi-lo chamá-la velha foi terrível para ela. Não só o perdeu como ainda a fez sentir ainda mais velha, o que vai desencadear nela uma luta contra os sinais do tempo! E ela fica verdadeiramente triste!”.
De… alma e coração na SIC, a atriz garante que o público é que manda: “Julgo que a ficção da SIC, como a ficção dos outros canais, deve seguir um caminho coerente com os objetivos do canal, indo ao encontro do seu público”.
As audiências, essas, têm sido positivas: “Os bons resultados prendem-se com o facto de a novela ter uma boa história e bons atores!”, remata Manuela Couto.
TEXTO: Rui Pedro Pereira
