Mais de um ano depois da saída da direção de Programas da TVI, Felipa Garnel comentou, pela primeira vez, o abandono do projeto.
Felipa Garnel e o marido, o médico Nuno Lobo Antunes, estiveram à conversa com Manuel Luís Goucha nesta quinta-feira e a comunicadora “abriu o livro” sobre a polémica saída da TVI e a substituição por Nuno Santos, primeiro e, mais recentemente, por Cristina Ferreira.
“Tu entendeste como fracasso a tua passagem pela TVI como diretora?”, questionou Manuel Luís Goucha. “Não. Nem foi maldade, mas foi muito difícil”, começou por responder Felipa Garnel.
“Entrei numa altura em que toda a gente sabia que aquilo estaria à venda mas ninguém sabia que era amanhã e foi literalmente assim. Soube uma semana depois. Fiquei alguns meses a fritar, porque os espanhóis queriam uma coisa e o suposto novo proprietário queria outra. Ninguém mandava. Mas não fui carne para canhão”, acrescentou.
“Hoje em dia estou completamente resolvida com isso, porque fui vítima de umas circunstâncias muito complicadas. Fiz o que pude, teria sido difícil para qualquer pessoa, não tinha tostão para fazer nada”.
“Saí magoadíssima, foi tudo mal feito. Os primeiros dias com a família foram complicados, mas o Nuno (Lobo Antunes) tem uma visão de fora deste meio e ele percebeu a dificuldade na qual estava”, complementou.
“A sensação que tenho é que estive seis meses naqueles labirintos que tu jogas, jogas e jogas e não encontras a saída, porque não há saída”, disse ainda a ex-diretora de programas do canal.
“Não sei se houve tempo para valer a pena. Aprendi algumas coisas, via-te todos os dias, Manel. Esses aspetos valem a pena, mas depois foram meses de sofrimento atroz. Aprendi não sei se o suficiente para ter valido a pena”, rematou Felipa Garnel.
