Flávio Furtado comenta a saída de Bruno Santos da TVI

Flávio Furtado recorreu, esta quinta-feira, às redes sociais para desabafar sobre a longa carreira e os profissionais de excelência com quem foi trabalhando ao longo do tempo.

Com a saída de Bruno Santos do lugar de diretor geral da TVI, Flávio Furtado sentiu a necessidade, no perfil de Instagram, de fazer um balanço do seu caminho profissional que já leva uma década.

“Comecei a trabalhar em televisão por acaso. Um acaso como muitos outros acasos que me aconteceram na vida. Acasos esses que agarro com unhas e dentes, na tentativa de não desiludir quem me desafia mas sobretudo a mim mesmo!” começou por escrever.

“Em televisão, como em todos os outros projetos que me envolvo ou envolvi, faço cada programa como se fosse o último. Só assim tenho a certeza de que vai correr tudo bem. E tem corrido”, prosseguiu, salientando que não deixa nunca de ser a pessoa que é em prol das audiências.

“Em televisão, não mudo a dicção, o tom de voz, a posição de sentar ou alguma vez deixei de ser eu. Só assim faria sentido, só assim faz sentido para mim. Não me incomoda se estou mais gordo ou magro, bem ou mal maquilhado e penteado, a roupa que trajo, preocupa-me sim não desiludir quem me assiste, quem apostou em mim”, referiu.

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Comecei a trabalhar em televisão por acaso. Um acaso como muitos outros acasos que me aconteceram na vida. Acasos esses que agarro com unhas e dentes, na tentativa de não desiludir quem me desafia mas sobretudo a mim mesmo! Em televisão, como em todos os outros projetos que me envolvo ou envolvi, faço cada programa como se fosse o último. Só assim tenho a certeza de que vai correr tudo bem. E tem corrido. Em televisão, não mudo a dicção, o tom de voz, a posição de sentar ou alguma vez deixei de ser eu. Só assim faria sentido, só assim faz sentido para mim. Não me incomoda se estou mais gordo ou magro, bem ou mal maquilhado e penteado, a roupa que trajo, preocupa-me sim não desiludir quem me assiste, quem apostou em mim. Mas desde muito cedo que percebi que trabalhar em televisão é como 'ir às putas'. Não nos podemos apaixonar. Ou então corremos o sério risco de vir a sofrer ao chegarmos lá, um dia, e termos sido trocados por outro 'cliente'. Talvez por isso tive e tenho sempre os pés bem assentes na terra. Nunca me deixei iludir e nunca me desviei ou afastei do meu trilho: projectos pessoais, sonhos, mas sobretudo família e amigos. Quem trabalha em televisão, e é só a minha opinião, tem que ter o coração trancado. Sempre tive! Só me esqueci de uma coisa, igualmente ou deveras ainda mais importante: de fechar o coração às pessoas. E, nestes 10 anos, na TVI, 'apaixonei-me' por algumas. E só me apercebi desta fraqueza com a saída da Cristina – de quem gosto muito! –  e mais recentemente com a saida do Bruno, a quem sou e serei sempre grato…

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No entanto, o comentador da rubrica “Crónica Social”, do “Você na TV!”, sabe que esta vida tem desvantagens. “Desde muito cedo que percebi que trabalhar em televisão é como ‘ir às p####’. Não nos podemos apaixonar. Ou então corremos o sério risco de vir a sofrer ao chegarmos lá, um dia, e termos sido trocados por outro ‘cliente’”, brincou, fazendo referência à troca de Cristina Ferreira da TVI para a SIC.

“Talvez por isso tive e tenho sempre os pés bem assentes na terra. Nunca me deixei iludir e nunca me desviei ou afastei do meu trilho: projetos pessoais, sonhos, mas sobretudo família e amigos. Quem trabalha em televisão, e é só a minha opinião, tem que ter o coração trancado. Sempre tive!” reforçou.

Mas Flávio Furtado garantiu ainda que só se esqueceu de uma coisa: “fechar o coração às pessoas”. “Nestes dez anos, na TVI, ‘apaixonei-me’ por algumas. E só me apercebi desta fraqueza com a saída da Cristina – de quem gosto muito! – e mais recentemente com a saída do Bruno, a quem sou e serei sempre grato”, rematou.

TEXTO: Tiago Firmino

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