Há um ano, Cristina Ferreira saía da SIC: a polémica, os casos e a revolução na TVI

Cristina Ferreira
Fotografia: Instagram Cristina Ferreira

Os media em Portugal recebiam a notícia de forma surpreendente no dia 17 de julho do ano passado: depois de trocar a TVI pela SIC, Cristina Ferreira voltava à casa mãe.

Daniel Oliveira ainda digeria a informação, naquela altura oficiosa, da saída de Cristina Ferreira da SIC para a TVI e o confronto, nos bastidores do “Programa de Cristina”, durante a madrugada, não terá sido meigo entre os dois. Certo é que a apresentadora estava mesmo fora da estação de Paço de Arcos e se preparava para regressar à TVI, com cargo de direção e, também, com 2,5 por cento da estação.

Em choque, a SIC punha Cristina Ferreira em tribunal e continua a exigir uma indemnização de 20 milhões de euros, por não ter cumprido o contrato; de férias, no Alentejo, a comunicadora garantia que “setembro é já amanhã”, numa referência ao regresso à casa mãe. Acabou, até, por regressar em agosto, multiplicou-se em reuniões – inclusivamente com a produtora de novelas Plural -, e começou a montar o seu programa semanal “Dia de Cristina”, que acabou repentinamente por causa das más audiências.

Pelo meio, fez regressar Teresa Guilherme ao “Big Brother” – este sim, um formato com bons resultados junto dos telespetadores -, puxou Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz para as manhãs, no “Dois às 10” e, pela primeira vez, Manuel Luís Goucha teve direito a um programa em nome próprio nas tardes.

Seguiu-se uma saída e um regresso: Fátima Lopes, uma das pontas-de-lança da estação, abandonou a TVI por não querer perder dinheiro a apresentar um programa aos sábados -houve quem dissesse que Cristina não fez tudo para segurar a profissional -, enquanto regressou Gabriela Sobral para assumir a direção das novelas da Plural.

O “Big Brother”, mais tarde com Teresa Guilherme e Cláudio Ramos, continuava a ser o sustento nas audiências e nem o “importado” “All Together Now” – que, mais pelas atuações ao vivo, ficou marcado pelos vestidos de Cristina Ferreira nas galas -, resistiu aos (maus) resultados no confronto com “Hell’s Kitchen”, de Ljubomir Stanisic, na SIC.

O formato com 100 jurados acabou por ser substituído por “O Amor Acontece”, que sossegou a diretora de Entretenimento e Ficção nos resultados: os telespetadores elogiam os quatro casais e, sobretudo, os locais de luxo onde se relacionam.

“Cristina ComVida” tem sido a “arma de arremesso” com que a apresentadora combate a SIC e a RTP nas tardes, mas o formato em nome próprio demora a ganhar e já se fala em fim antecipado, apesar dos “bonecos” de Eduardo Madeira serem um sucesso. Sucesso é, isso sim, o “Festa é Festa”, novela da autoria da própria Cristina, que bate a concorrência.

Entre polémicas e revoluções, um dado é adquirido: apesar da liderança incontestada da SIC, a TVI está agora mais próxima do canal de Daniel Oliveira antes da chegada da “loira da Malveira” a Queluz de Baixo: já esteve a seis e, agora, está a quase dois pontos percentuais na média de audiências do ano… que acaba por ficar marcado por uma pequena polémica: segundo noticiou o JN neste sábado, Cristina Ferreira ainda não tem licença de utilização na sua casa da Malveira.