Atriz assídua na ficção nacional, Inês Tavares Gonçalves escolheu o Jornalismo como próximo passo na carreira. “Agora reconhecem-me e respeitam-me”, diz à N-TV.
Quem a viu fazer parte dos elencos de novelas como “A Única Mulher” ou, mais recentemente, “Valor da Vida”, estaria longe de imaginar que Inês Tavares Gonçalves trocou a ficção nacional pelo Jornalismo.
“Agora reconhecem-me e respeitam-me”, garante a agora repórter da TVI à N-TV, durante uma entrevista combinada para abordar o projeto que partilha com o colega Filipe Caetano: o programa “Destino Europa”, que tem subvenção da União Europeia e reúne seis grandes reportagens, divididas em 12 episódios, sobre problemáticas como a crise migratória, as alterações climáticas, a desinformação ou as ameaças à Democracia.
De mochila às costas, Inês Tavares Gonçalves visitou vários países e, desta vez, a câmara estava apontada para ela, mas não em nenhum estúdio de televisão com um texto previamente decorado. Agora, as palavras para a câmara são bem reais. “Havia uma dimensão que eu não conseguia desenvolver na representação, que tinha precisamente a ver com contar histórias e explicar assuntos que me interessavam”, começa por justificar a ex-atriz. “Refiro-me à leitura e escrita, que identifico com a Informação. A questão da minha transição teve mesmo a ver com uma decisão pessoal e não com a falta de trabalho. Ia trabalhando regularmente, aliás estava aqui a trabalhar na TVI e a terminar um projeto de ficção”, lembra.
“A minha ida para a Informação permitiu-me, claramente, desenvolver uma data de competências que eu não tinha e não podia explorar naquele universo. Neste projeto tenho de ser produtora, jornalista, editora, tratar da parte contabilística, enfim, tudo do princípio ao fim. Sinto-me muito mais preenchida nesta nova vida profissional”.
Já em declarações ao programa “Dois às 10”, das manhãs da TVI, Inês Tavares Gonçalves referiu. “Fazia novelas e as pessoas diziam: ‘Mas não estás feliz’. Nas novelas és carne para canhão, somos muitas”, admitiu.
“E depois há a parte das redes, o lado que nos temos de nos autopromover, e não tenho jeito nenhum para isso”, concluiu.
