José Alberto Carvalho pediu desculpa publicamente em direto, esta noite, no jornal da TVI, depois de um comentário sobre a Miss Portugal Marina Machete.
Quatro dias depois de ter feito um comentário sobre Marina Machete em conversa com Miguel Sousa Tavares, José Alberto Carvalho pediu desculpa no “Jornal Nacional” transmitido pela TVI nesta segunda-feira à noite.
Recorde-se que o comentador e o jornalista comentaram que não casariam com a modelo transgénero, que venceu o concurso Miss Portugal.
“Uma atitude irrefletida que cometi na quinta-feira passada, na última vez que estive neste estúdio, abalou, para algumas pessoas essa relação [de confiança] de uma forma que não pretendi, que não defendo e que não corresponde ao que sou, por uma questão importante: estava em causa uma pessoa, chama-se Marina Machete, a vencedora do concurso Miss Portugal”, disse José Alberto Carvalho no final do “Jornal Nacional”.
“Penalizo-me e peço desculpa se algum comportamento meu, ainda que não intencional, possa ter contribuído para isso em relação a ela, à sua família e aos seus amigos. Não o sinto e não o desejo”, acrescentou.
“Todas as pessoas devem procurar a sua felicidade, isso é verdade para a Marina Machete, como é verdade para qualquer um”, rematou José Alberto Carvalho.
À margem desta polémica, a eleição de Marina Machete para Miss Portugal não se revelou consensual, por se tratar de uma mulher transgénero, e depois das críticas públicas de Joana Amaral Dias, Catarina Furtado deu a sua opinião e visou a psicóloga. Recentemente, foi a atriz Maria Vieira que está contra a apresentadora da RTP.
“A burra da RTP que gosta muito de ‘Trans Não Sei Quê’ resolveu chamar ignorante à Joana Amaral Dias só porque esta afirmou que homem é homem e mulher é mulher. A Joana é uma mulher bonita, culta e inteligente e isso causa muita inveja à avençada Furtado”, acusou Maria Vieira.
Recorde-se que a polémica começou publicamente depois de um artigo de Joana Amaral Dias no “Diário de Notícias”, da qual destacou uma frase. “Um homem ganhou o concurso de Miss Portugal. Um homem disfarçado de mulher, ou mascarado, ou operado. Mas um homem. Alguém que nasceu com os cromossomas XY e que, por mais estética que aplique, por mais cirurgias a que se submeta, morrerá XY. Nunca, mas nunca, será uma mulher, uma XX”.
Em entrevista ao “Jornal de Notícias”, Marina Machete contou como entrou no concurso. “Fui ao Miss Lisboa, uns meses antes do Miss Portugal, sem a organização saber da minha história. Portanto, eu fui nomeada finalista para o Miss Universo Portugal sem contar que era trans[género]”