José Carlos Pereira: “Faço 22 anos de ficção e passei mais tempo a gravar do que em casa”

José Carlos Pereira
Fotografia: Instagram José Carlos Pereira

O “Sr. Doutor” da novela da noite da TVI “Festa é Festa” prepara-se para celebrar, em setembro, 22 anos de carreira, quase sempre ligada ao canal. José Carlos Pereira faz o balanço da ficção nacional.

Ganhou popularidade em 2001, em “Anjo Selvagem”, ao lado de Paula Neves e, desde então, nunca mais parou. José Carlos Pereira, ou “Zeca”, para os amigos, fez inúmeras novelas e séries para os três canais generalistas e, neste momento, pode ser visto a dobrar, no papel de “Sr. Doutor”, em “Festa é Festa”, da TVI, e de “Dr. Rodrigo”, em “Pôr do Sol”, da RTP1. Mas é no quarto canal que o intérprete tem mais história em tramas bem conhecidas dos telespetadores, como “Feitiço de Amor”, “Mar de Paixão” ou “Morangos com Açúcar”. Por isso, nos 30 anos da produtora Plural, “Zeca” sente-se em casa.

“São 30 anos de muitas vivências, muitos trabalhos. Estou na TVI faz agora 22 anos em setembro”, recorda o ator à N-TV, nos estúdios da produtora Plural, em Bucelas. “Desde o ‘Anjo Selvagem’ mudou muita coisa. Entrei com 20 anos, passou uma vida inteira, mas a nível de ficção e produção acho que houve muita coisa que se ganhou e outra tanta que se perdeu, para ser sincero”.

José Carlos Pereira prefere só destacar no lado positivo. “Houve uma evolução a nível técnico e toda uma nova geração de atores que surgiu. Falo disto com muito saudosismo, pessoas com as quais contracenei, algumas, infelizmente, já não estão cá, que eram grandes referências, estou a lembrar-me da Isabel de Castro e do Canto e Castro”.

“Para mim a Plural é uma segunda casa e uma segunda família., Foi aqui que cresci e passei mais tempo do que em casa. Estou grato por me terem recebido e acolhido”, acrescenta “Zeca”.

Quanto aos projetos mais marcantes: “O ‘Anjo Selvagem’ pela marca em si, por ter sido o primeiro e pela duração – foi um projeto único em muita coisa. Para mim foi uma grande escola”.

Segue-se a novela “Anjo Meu”. “Depois tenho o ‘Pepito Martin’, que era um músico e foi a minha primeira incursão na comédia”. Finalmente, “Feitiço de Amor”, ao lado de Rita Pereira. “Esta novela custou-me bastante, não pela sua duração, mas pelas gravações na Azambuja, com um sol tórrido de verão e dentro das cavalariças. Condições às vezes muito particulares, mas deu-me gozo pela história e do sucesso que teve junto do público”.

Seguiram-se mais êxitos de audiências. “É sempre bom participarmos em projetos que tenham sucesso, como é o caso agora do ‘Festa é Festa’”.

Projetos que tenham dito menos ao ator não existiram. “Não houve nenhum projeto que me tenha dito menos, mas houve outros que foram participações mais pequenas, como a ‘Ana e os Sete’, onde namorava com a Margarida Vila Nova. A todos entreguei-me de corpo e alma, mas isso faz parte a profissão e temos de nos adaptar muitas das vezes”, remata o ator.

Recorde-se que “Zeca” referiu, recentemente, no programa “Dois às 10”, de Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz, na TVI, que vai fazer uma pausa devido ao excesso de trabalho. Afinal, voltou a ser pai recentemente e ainda dá consultas de estética e anti-aging.

“Este ano que passou com o ‘Festa é Festa’, as consultas, a Medicina, a gravidez e o bebé pequeno foi muito cansativo… Vou ter que parar”, admitiu o intérprete. “Tenho dormido relativamente bem. Tenho sorte porque as minhas crianças são angelicais e têm boas noites. O pequenino (Afonso) teve uma noite complicada, a primeira que passou em casa, a partir daí regularizou”, acrescentou.

O filho mais novo, Afonso, nasceu a 7 de julho. Além do bebé, o artista também é pai de Tomás, que nasceu em abril do ano passado, fruto do namoro com Inês de Góis, e de Salvador, fruto do antigo relacionamento com a empresária Liliana Aguiar.