José Cid fora do Festival da Canção. Cantor abandonou estúdio da RTP antes de conhecer resultado

Cinquenta anos após a sua primeira participação no Festival da Canção, José Cid voltou, este domingo, a pisar o palco do certame para interpretar “O Som da Guitarra É A Alma De Um Povo”. Excluído da final, o cantor soube do veredito já fora do estúdio.

Um ponto do júri; seis do público. O somatório dos votos não foi suficiente para José Cid, de 76 anos, se apurar para a final do concurso, agendada para 4 de março, no Pavilhão Multiusos de Guimarães. O vencedor representará Portugal na Eurovisão.

A N-TV sabe que o cantor de êxitos como “Um grande, grande amor” não acompanhou a decisão que o viria a eliminar da próxima fase do festival no Estúdio 1 do operador público, em Lisboa, onde decorreu a primeira semifinal do evento.

Cid saiu para o seu carro, lá escutou o resultado e, logo de seguida, abandonou o recinto. Não prestou, por isso, qualquer declaração aos jornalistas.

O cantor ocupou a oitava posição da tabela, com sete pontos. Joana Espadinha, que interpretou um tema da autoria de Benjamim, e Rui David, que deu voz a uma composição de Jorge Palma, obtiveram a mesma pontuação, mas a avaliação do júri, presidido por Júlio Isidro, colocou-os no sexto e sétimo lugares, respetivamente. A concurso estavam 13 temas.

“O Som da Guitarra É A Alma De Um Povo”, criado por si, foi o tema que os portugueses puderam escutar na voz de José Cid, naquela que foi a sua 16.ª participação no Festival da Canção.

Inicialmente, a canção ia ser interpretada num dueto formado por Cid e Gonçalo Tavares, mas desentendimentos “a nível artístico” afastaram o segundo da competição.

“Houve pouca abertura por parte do meu sobrinho para dialogar sobre o que podíamos fazer com a música. A decisão de nos separarmos foi minha. Foi apenas uma decisão estática”, revelou o compositor, à nossa revista, dias antes de subir ao palco. Cid ressalvou, contudo, que ambos continuam “amigos”.

TEXTO: Dúlio Silva