José Eduardo Moniz: “O modelo da TVI foi copiado e queremos que os portugueses se revejam em nós”

Fotografia: TVI

José Eduardo Moniz deu a primeira entrevista depois de ser nomeado diretor-geral da TVI. O jornalista garante que “o modelo da TVI foi copiado” e que pretende “inovação”.

José Eduardo Moniz está de regresso à TVI e ao cargo de diretor-geral. Em entrevista ao “Jornal das 8”, o comunicador referiu o que pretende para a estação.

“É uma sensação estranha este regresso, mas gosto das pessoas que aqui estão e das que estão lá em casa”, começou por referir a José Alberto Carvalho.

“Nesta nossa atividade queremos ser vistos, senão não estaríamos aqui, não há outro meio que consiga juntar tanta gente”, acrescentou José Eduardo Moniz.

“A essência da televisão, que são os conteúdos, noticiários, séries, não mudou. O que mudou foi a distribuição, a forma de acesso. Os meus filhos não olham para um ecrã de televisão, só quando estão com os pais. O mundo mudou, há outros meios de captação, difusão e tudo e mais alguma coisa. Temos de estar em todas as plataformas em simultâneo”, indicou.

“Está na hora de, corajosamente, nos voltar a inventar. Nada se pode dar como concluído! Temos de reaprender a comunicar de outra maneira: às oito da noite, quando as pessoas chegam a casa, já viram tudo”, defendeu. “Queremos ser importadores de inovação. Não tenho a pretensão de saber mais do que os outros, mas estudando e trabalhando muito acho que se vai longe”.

“Esta TVI que conhecemos hoje é uma TVI que tem de estar em muitos sítios ao mesmo tempo, com os seus produtos e as suas marcas”, disse ainda.

“O modelo de televisão que temos hoje foi instalado há 22 anos e foi copiado pela concorrência”, afirmou, numa referência à SIC.

“O modelo de televisão passou no tempo e estou a tentar ser provocador, para pensarmos todos em conjunto em novos caminhos. Temos de ter uma televisão diferente, que chegue a outros públicos e a novos auditórios”.

“Progredimos bastante, mas quando olhamos para o investimento do Governo espanhol no audiovisual que são dois mil mil milhões de euros… em Portugal pede-se aos investidores que façam o impossível. Ficarei satisfeito se tivermos entretenimento e ficção nas quais os portugueses se revejam e que consigamos exportar”, rematou José Eduardo Moniz.