Judite Sousa diz que movimento Me Too são “conversas de travesseiro”

Com as hashtag #metoo e “naoobrigada, Judite Sousa garantiu este sábado que não tenciona “perder um segundo” para falar do movimento que “entrou há alguns meses na agenda”. Diz que Harvey Weinstein é “um grande tonto”, mas que o Me Too “leva a mensagens muito intelectualizadas mas que mais não são do que conversas de travesseiro”.

Num longo texto publicado na rede social Instagram, Judite Sousa desvalorizou o movimento de solidariedade gerado em redor das denúncias de escândalos sexuais na indústria cinematográfica de Hollywood.

Questionando por que razão atrizes como Uma Thurman ou Salma Hayek não denunciaram antes o produtor cinematográfico, a diretora-adjunta de Informação da TVI responde: “Mistério”. “E as outras denunciantes a mesma coisa”, acrescenta.

“Portanto, o movimento Me Too é isto. À falta de notícias novas sobre o Trump, que todos os dias, despede alguém da ala oeste da Casa Branca, surgiu este movimento que leva a mensagens muito intelectualizadas mas que mais não são do que conversas de travesseiro”, escreve.

Judite Sousa, que no início do texto, assume que “nas próximas semanas” será “tema de comunicação pública” por causa do seu trabalho, afirma que “o produtor cinematográfico Harvey Weinstein é um grande tonto”.

“É sabido que assediou muitas actrizes para as ter na mão, julgava ele. Umas foram na conversa; outras não. Mas o que também é certo é que essas “assediadas” tinham poder, nomeadamente económico para dizerem que sim ou que não. Porquê? Porque são das mulheres mais poderosas e ricas da indústria de Hollywood”, explica Judite.

A jornalista aponta como exemplo Uma Thurman, “atriz consagrada”, que “vale milhões” e “ficou grávida de um multimilionário chamado Arpad Busson”, e Salma Hayek, “que ficou grávida de um dos homens mais ricos da indústria da moda, o francês Henri Pinnault, dono, entre outras marcas, da Gucci”.

Leia aqui o texto completo de Judite Sousa:

Como já terão percebido os mais atentos, nas próximas semanas vou ser tema de comunicação pública, em razão exclusivamente do meu trabalho. Dito isto, quero desde já dizer que não tenciono perder um segundo do meu tempo a falar de um tema que entrou há alguns meses na agenda: o hashtag Me Too. Explico porquê. O produtor cinematográfico Harvey Weinstein é um grande tonto. É sabido que assediou muitas actrizes para as ter na mão, julgava ele. Umas foram na conversa; outras não. Mas o que também é certo é que essas “assediadas” tinham poder, nomeadamente económico para dizerem que sim ou que não. Porquê? Porque são das mulheres mais poderosas e ricas da indústria de Hollywood. Vejamos dois exemplos: Uma Thurman é uma actriz consagrada. Vale milhões. Ficou grávida de um multimillionário chamado Arpad Busson que, por sua vez, tinha sido casado e pai dos dois filhos da Top Elle Macpherson, também conhecida pelo nome” o corpo”. Quando ela percebeu o perfil, deu-lhe ordem de marcha. A outra que se queixou do palerma do Weinstein foi a actriz, produtora e realizadora, a Mexicana Salma Hayek que por sua vez ficou grávida de um dos homens mais ricos da indústria da moda, o francês Henri Pinnault, dono, entre outras marcas, da Gucci. A Salma Hayek não precisava do Pinnault mas ficou ainda mais multimilionária depois de ter engravidado da sua filha Valentina. Pergunta-se: porque é que não denunciou as investidas do Weinstein há mais tempo? Mistério. E as outras denunciantes a mesma coisa. Portanto, o movimento Me Too é isto. À falta de notícias novas sobre o Trump, que todos os dias, despede alguém da ala oeste da Casa Branca, surgiu este movimento que leva a mensagens muito intelectualizadas mas que mais não são do que conversas de travesseiro #metoo #naoobrigada

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TEXTO: Nuno Azinheira

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