Ana Marques e júri de “Ídolos” falam sobre Salvador Sobral

TEXTO: Alexandre Oliveira Vaz

Ana Marques, Laurent Filipe e Manuel Moura dos Santos acompanharam os primeiros passos de Salvador Sobral em “Bravo, bravíssimo” e em “Ídolos”, respetivamente. À Notícias TV, recordam esses seus tempos de nova promessa da música portuguesa.

A 28 de dezembro de 1989, Lisboa via nascer Salvador Vilar Braamcamp Sobral, que desde cedo, e incentivado pela família, começa a entoar as primeiras notas musicais.

Com dez anos participou no concurso da SIC “Bravo, bravíssimo”, no qual interpretou “O negro do rádio de pilhas”, de Rui Veloso. Ana Marques, apresentadora do programa, recorda os primeiros passos do jovem cantor. “Lembro-me que se falava mais nos dotes musicais da irmã Luísa [Sobral], só que ela já não tinha idade para participar. Dizia-se que o Salvador também tinha muito talento, embora já estivesse no limite de idade para concorrer”, começa por relatar à Notícias TV. “Era um rapaz diferente dos outros na simpatia e na descontração. Era muito bem comportado, embora chegasse a ser um pouco desconcertante na forma como sempre foi divertido e engraçado. Há miúdos que parece que vivem entre os pés na Terra e a cabeça na Lua e o Salvador era um pouco assim”, acrescentou.

Em 2009, Salvador volta a tentar a sua sorte na terceira edição do concurso televisivo da SIC “Ídolos”, incentivado pela namorada da altura. Conquista um lugar entre os dez finalistas, mas é eliminado a meio da competição. Laurent Filipe, um dos quatro jurados do programa, evoca um concorrente “maduro” com um conhecimento “muito alargado” do repertório, ao qual se junta uma “grande flexibilidade vocal” e “bom gosto”. “Era diferente no sentido que tinha autoconfiança e despreocupação”.

Para Manuel Moura dos Santos, também jurado no mesmo “talent show”, Salvador “convivia com a música de uma forma muito natural”. A experiência revelou-se negativa para o jovem cantor, que se afastou do mundo da música durante uns tempos.

Em 2011, voltou a cantar quando estava em Maiorca (Espanha), onde fazia Erasmus em Psicologia. Mudou-se para Barcelona para estudar música e todo o conhecimento acumulado resultou no álbum “Excuse me”, lançado no ano passado. Também em 2016 participou num evento na Casa da Música, no Porto. Até que chegou o desafio da irmã para participar no Festival da Canção. Em boa hora.