Alas sem televisões e idosos sem acessos a telemóveis durante dias a fio. Internada no hospital do Funchal, Kátia Aveiro faz apelo para combater a solidão de quem está a debelar a doença.
A lutar contra uma pneumonia após infeção por covid-19, Kátia Aveiro tem transformado a sua recuperação num palco para divulgar mensagens de apelo sobre a vacinação, o seu olhar em torno da existência do vírus e, agora, para chegar ao coração de quem pode transformar a vida e o local de trabalho de quem está internado e a dos profissionais de saúde um pouco melhor.
“Uma coisa boa que este internamento me trouxe foi ver de frente a classe destes profissionais e as falhas que tanta falta fazem”, escreveu. Ao final de quarta-feira, 28 de julho, a irmã de Cristiano Ronaldo lembrou a solidão de quem está em quartos de hospital.
A empresária de 44 anos lembrou que o hospital onde está internada, Nélio Mendonça, no Funchal, “não tem TV…. Em nenhuma das alas nem para entreterem… e tem gente que fica a aqui dias a dias sem visitas”, escreveu. Ao detalhe, Kátia Aveiro lembra que “há velhinhos que não sabem mexer num telemóvel e que a única coisa que têm é parede”.
Fala em “prisão”, vinca que é preciso lutar “pelos mínimos” e que os funcionários tentam dar a atenção que podem, no meio do volume de trabalho que têm em mãos.
Por isso, a irmã de Cristiano Ronaldo pede consciência e responsabilidade social. “Onde está o apoio para estes serviços”, inquire. “Se este é o meu karma, então estou feliz por estar aqui, ver com olhos de ver e tentar ajudar (…) estou a fazer o meu apelo (telefonemas) e a minha parte”, acrescenta.