Manuel Maria Carrilho: Processo “mais não é do que uma colagem de ardis e de armadilhas”

Manuel Maria Carrilho
Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

Manuel Maria Carrilho continua a negar ter cometido crimes de violência doméstica, ameaças e ofensas à integridade física e injúrias contra Bárbara Guimarães, pelos quais foi condenado a quatro anos e meio de prisão com pena suspensa.

Garante que Bárbara Guimarães o acusou “falsamente de violência doméstica”, que “o processo que agora chegou ao fim” e que o condenou a quatro anos e meio de prisão, com pena suspensa, “mais não é que uma colagem de ardis e de armadilhas, com testemunhas a mentirem, com vídeos manipulados a serem entregues (e aceites!!!…) em tribunal e um sem fim de maquinações”.

Num texto que começa com uma citação de Albert Camus (“A morte não é nada, o que importa é a injustiça”) e termina com uma referência ao facto de ter sido escrito no dia 1 de novembro, “Dia dos Santos e dos Mártires”, Manuel Maria Carrilho acusa a apresentadora da SIC “e os seus cúmplices” de multiplicarem “desde cedo os incidentes de toda a ordem, de modo a tentarem provar” a sua “alegada ‘perigosidade’ e ‘agressividade”.

Aponta ainda que, com a sentença conhecida na passada terça-feira, e que o condenou também ao pagamento de 50 mil euros a Bárbara Guimarães, “o Tribunal Criminal de Lisboa decidiu contudo credibilizar as mentiras” da ex-mulher “e dos seus cúmplices”.

“[Decidiu] condenar-me a mim por sempre ter protegido os meus filhos: das agressões e do abandono da mãe, da chantagem e das brutalidades dos seus amigos, das ameaças pedopsiquiátricas, etc., etc. Mas eles, os meus filhos, não se esqueceram de nada daquilo por que passaram e que o tribunal decidiu ignorar”.
Manuel Maria Carrilho

Carrilho quis “deixar claro” que continuará “a fazer tudo o que julgar dever fazer para proteger” os filhos, diz na sua missiva, mesmo depois de no final da leitura do acórdão, a juíza presidente do coletivo do juízo 22 do Tribunal de Comarca de Lisboa ter apelado ao antigo ministro para “não persistir” mais neste processo. “Não nos parece que tenha algum futuro esse caminho que tem prosseguido”, afirmou a juíza.

“Quanto à justiça, ela seguirá o seu curso”, acrescenta Manuel Maria Carrilho, de 66 anos, referindo-se à queixa de violência doméstica feita Bárbara Guimarães e ainda em julgamento, que remete para a época em que ainda eram casados. Quanto a este processo, que o condenou por em 2014 ter agredido, difamado, ameaçado, injuriado e exercido violência doméstica contra a apresentadora da SIC, de 44, termina sublinhando que irá interpor “o respetivo recurso relativamente”.

Leia aqui o comunicado:

TEXTO: Ana Filipe Silveira