Margarida Marinho: “O meu novo papel é um animal selvagem”

Margarida Marinho
Fotografia: Divulgação

A atriz é uma das intérpretes de “Crimes Submersos”, a série policial da RTP1 das sextas à noite. Margarida Marinho descreve a sua misteriosa “Amália”.

Habituou os telespetadores a integrar várias novelas de sucesso, como “A Outra”, “Meu Amor”, “Remédio Santo” ou “Poderosas” mas, nos últimos tempos, Margarida Marinho tem-se dedicado ao cinema, ao teatro – quando a pandemia permite -, e às séries. O mais recente trabalho da atriz é em “Crimes Submersos”, a co-produção policial entre a RTP1 e a RTVE que passa todas as sextas-feiras à noite no primeiro canal. Aqui, Margarida Marinho é “Amália”, uma mulher misteriosa e desesperada por encontrar o filho.

“Foi um grande desafio, até porque houve um grande desconforto. Ao contrário de alguns colegas meus que estavam muito confortáveis com a língua, eu não”, admite a artista, em conversa com a N-TV, para justificar: “Já trabalhei em várias co-produções, quer em francês, quer em inglês, e de facto sinto-me à vontade. Com o espanhol não me senti à vontade, tive de trabalhar o triplo ou o quádruplo, não podia ir para o portuñol. Depois tinha cenas com um ator português em simultâneo e era preciso responder a alguém em espanhol e o desafio era muito grande”.

Valeu a ajuda de uma profissional: “Trabalhei com uma professora de espanhol e tenho a certeza que por não dominar a língua fui obrigada a uma maior contenção e isso introduziu um jogo diferente na representação”.

Quanto à “Amália”, os telespetadores podem esperar de tudo. “A minha personagem é capaz do melhor e do pior. É uma mulher que não desiste enquanto não sabe o que aconteceu ao seu filho e é como se fosse um animal selvagem à procura de uma resposta. Não olha a meios para o fazer e a Amália vai até onde for preciso. Uma das cenas finais é mesmo muito reveladora”, promete.

Para trás têm ficado, por enquanto, as novelas, desde que gravou “Poderosas”, para a SIC, em 2015. “Não consigo fazer design na vida, posso esboçar qualquer coisa, mas o desenho, também nas novelas, é uma incógnita. Até agora tenho conseguido fazer outro tipo de projetos”, afirma Margarida Marinho, que dá o exemplo: “Mais cinema, séries e algum teatro – mas depois meteu-se o confinamento e parou – e consegui acabar o meu segundo romance infanto-juvenil. Não posso dizer que não tenho estado a trabalhar”, concluiu a artista.

“Crimes Submersos” retrata a investigação de um crime que permaneceu oculto durante anos, na zona de Campomediano, em Espanha.