Maria João Bastos em entrevista: “Vivi o confinamento com tranquilidade”

Maria João Bastos
Fotografia: Instagram Maria João Bastos

Depois de fazer a novela “Na Corda Bamba”, para a TVI, a atriz está a gravar para a RTP a série inspirada no romance de Mário Zambujal, “Crónica dos Bons Malandros”. Em tempo de pandemia, Maria João Bastos conta como a sua vida mudou nos últimos meses.

Maria João Bastos está de volta à ficção nacional, após dar vida a uma brasileira na novela da TVI “Na Corda Bamba”, da autoria de Rui Vilhena e protagonizada por Dalila Carmo e Pêpê Rapazote. A N-TV entrevistou a atriz na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde a atriz gravou este fim de semana as mais recentes cenas da série “Crónica dos Bons Malandros”, com realização para a RTP de Jorge Paixão da Costa e inspirada no romance homónimo de Mário Zambujal.

Ao lado dos atores José Raposo, Rui Unas, Marco Delgado, Manuel Marques ou Adriano Carvalho, a intérprete reservou alguns minutos para uma entrevista ao nosso site. Com a máscara de proteção no rosto, Maria João Bastos começou por descrever a série produzida pela Ukbar. “Acho que é uma característica do livro e da série: todas as personagens estão construídas com várias dimensões, o que faz com que sejam muito ricas, com as características muito bem definidas. Em relação à minha ‘Marlene’, ela ajuda o ‘Renato’ (Marco Delgado), que é o líder do grupo de assaltantes. É um grande apoio na vida dele, estão juntos desde crianças, fugiram os dois do circo, começaram unidos nesta vida de malandragem e ela tem uma influência enorme sobre ele, na estratégia do assalto, como o faz em relação a todo o grupo. Ela é o foco, porque os malandros dispersam-se muito”, diz a atriz, bem-humorada, que viu o filme.

“Cheguei a ver já depois de ter preparado a minha personagem. Não quis, de forma alguma, que me influenciasse, mas depois percebi que era uma linguagem diferente daquilo que estamos a fazer, que é uma série de oito episódios com as personagens muito mais desenvolvidas”, acrescenta.

Segue-se o elogio ao realizador Jorge Paixão da Costa: “Acho que temos um génio a escrever, o Mário Zambujal, e o comandante do barco, o Jorge, que está a desafiar-nos constantemente a superar-nos nas cenas e a surpreender-nos com a sua direção e realização”.

Antes de aceitar este desafio, e depois de gravar “Na Corda Bamba”, a atriz lidou com o confinamento: “Vivi com muita tranquilidade, porque sou extremamente otimista e acredito que vamos superar isto. Sou muito agradecida de poder terminar o confinamento e mergulhar neste trabalho que foi adiado, mas que aconteceu. Admiro muito a produtora Ukbar por levar este projeto avante. Nenhum de nós desistiu de o fazer e estamos aqui com muita força e muita garra. Aproveitei estar em casa para fazer muita coisa e ainda precisava de mais um tempinho., Trabalhei em projetos meus, estudei, li e vi imensos filmes. Tentei que o confinamento me trouxesse alguma coisa positiva”, remata Maria João Abreu.