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Marta Andrino: “Os Açores tornaram-se na minha segunda terra”

Fotografia: Rui Valido

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A atriz voltou, recentemente, às ilhas, durante as gravações da novela “Festa é Festa”. O marido é natural de São Miguel e os atores já estão a construir uma casa.

Foi com um misto de emoção e expetativa que Marta Andrino chegou, a bordo de um cruzeiro, aos Açores, há poucas semanas. A intérprete, que na novela “Festa é Festa” dá vida a ‘Fatinha’, que trabalha no café da Aldeia da Bela Vida, voltou ao arquipélago onde está a construir uma casa de férias e de onde o marido, Frederico Amaral, é natural.

“Durante o cruzeiro consegui passar na minha casa nos Açores. Foi muito curioso ir de barco, nunca tinha ido do continente às ilhas. Estava ansiosa porque ia a São Miguel”, diz Marta Andrino, em entrevista à N-TV.

“Queremos viver aqui, mas ir lá muitas vezes”, acrescenta a atriz, que explica: “A educação dos meus filhos vai passar por Lisboa. Vivo em Cascais, mas somos gente sem terra e os Açores tornaram-se a minha segunda terra”.

Marta Andrino refere o que a seduz no arquipélago. “Gosto das caminhadas, da natureza, do mar, das comidas… das vaquinhas. Lá estamos sem rota, o tempo está parado. Quem vem de lá é sempre com uma paixão. Qualquer ilha dos Açores é mágica”.

Na novela “Festa é Festa”, a atriz volta a contracenar com o marido, Frederico Amaral. “É muito giro, porque já tinha passado muito tempo desde o último projeto que fizemos juntos. Aqui as nossas histórias não coincidem, mas a ‘Fatinha’ fala do guarda e para nós é sempre especial. Acho que ele faz um guarda brilhante, fico muito orgulhosa do trabalho dele”.

Os filhos menores do casal não assistem à novela. “São pequeninos e, por opção nossa, não vivem muito este universo. Conhecem o nosso trabalho, já vieram às gravações, vão connosco ao teatro, mas na televisão só veem alguns minutos, porque depois torna-se confuso: ou estou a chorar com um ou a gritar com o outro. Há de chegar a altura em que eles percebem distinguir a realidade e ficção”.

Quanto à novela escrita por Roberto Pereira, Marta Andrino recorreu às memórias do tempo em que atendia o público na vida real. “Já trabalhei num bar à noite quando tinha 20 anos e a minha avó tinha uma papelaria, portanto eu tinha muito essas recordações no trato com as pessoas. Fui buscar essas minhas memórias para a personagem”.

Inicialmente, “Festa é Festa” tinha a duração de um ano, mas as temporadas sucedem-se, para surpresa da atriz. “Não estava à espera, porque no início, pareceu ser uma coisa fechada e que não se iria estender. Achei que a festa final era em setembro do ano passado e fiquei surpreendida, mas foi mérito do projeto, que deu o pontapé de saída para que se pudesse alongar o texto”.

Em breve, estreia mais uma temporada, desta vez passada no Algarve, mas Marta Andrino não liga. “Cada dia, para mim, é uma temporada nova. O que vivo mais é que o acontece no tempo de Natal ou Carnaval”.

“Fatinha” acaba por contracenar com todas as personagens. “No início tive dificuldade em saber quem era a ‘Fatinha’, porque ela era diferente com cada pessoa. Isso foi mesmo desafiante no lado da essência que tive de encontrar. É que no café tem tantos elementos diferenciadores, que a minha personagem tem de ser adaptativa”, remata.