Miguel Raposo, filho de Maria João Abreu, que faleceu em 2021, falou sobre a morte da mãe e o processo de luto que enfrentou.
Miguel Raposo esteve, esta terça-feira, à conversa com Júlia Pinheiro, no programa “Júlia”, das tardes da SIC, no qual falou sobre a morte da mãe, a atriz Maria João Abreu, que faleceu em 2021, aos 57 anos, vítima de um aneurisma. O filho do também ator José Raposo contou ainda sobre o processo de luto.
“É necessário um tempo. Estive certamente em perigo, não tive tempo para perceber e, de repente, estava a entrar numa fase de grande tristeza, uma tristeza profunda”, começou por afirmar.
O ator revelou ter recorrido à terapia e foi o que o “salvou”. “Só consegui superar isto porque fiz terapia, porque estive com um médico que tem ferramentas para me ajudar a lidar com isto”.
“Foi mesmo o que me salvou. Claro que me salvou também o carinho e amor de tanta gente, da família e amigos, mas às vezes a ajuda de um profissional é indispensável. A saúde mental merece o acompanhamento médico que qualquer outro tipo de maleita física”, defendeu.
“Se não fosse isso, as coisas não teriam sido as mesmas, eu não estaria aqui da mesma maneira que estou hoje. É essencial”, falou ainda sobre a terapia.
Miguel Raposo recordou também o funeral da mãe, ao qual não pôde assistir por estar infetado com covid-19 na altura. “Estava a trabalhar e estava mal. Só chorava à noite e não era bom. Estar vivo não era bom. Não havia prazer em estar vivo e há tanta gente que passa por isto e que não faz ideia como reagir e que a resposta imediata tem de ser exatamente igual se torcermos um pé ou fizermos um golpe na cara ou pescoço: médico”.