António Raminhos tem uma missão a partir de dia 10 de fevereiro: viver apenas com produtos portugueses ou fabricados em Portugal. “Missão: 100% português” vai ser transmitido todos os sábados à noite e tem sido “uma loucura” para o humorista.
A RTP1 apresentou, esta terça-feira, em Lisboa, o seu novo programa dos sábados à noite. “Missão: 100% português” é um desafio de seis meses que foi colocado a António Raminhos, que além de viver apenas e só com produtos “made in Portugal” vai dar a conhecer aquilo que de melhor e mais original se produz no nosso país.
As gravações começaram há cerca de dois meses e implicaram uma enorme transformação na casa da família Raminhos: “Isto tem sido uma loucura. Foram dois auditores à minha casa que resolveram identificar tudo aquilo que era estrangeiro e foi horrível. Fiquei com um sofá, que tinha comprado em Sintra, um aparador e pouco mais”, contou António Raminhos à comunicação social.
O objetivo da estação pública é que o comediante troque os produtos e equipamentos estrangeiros por artigos portugueses, mesmo que isso implique alguns sacrifícios.
“Só usava a televisão para jogar mas levaram-me a consola”
Para o diretor de programação da RTP, Daniel Deusdado, o formato, composto por 24 episódios, precisava de uma “âncora” que fosse “uma grande figura dos media portugueses e do espetáculo”. António Raminhos foi a primeira escolha.
“Desde o primeiro minuto que era com ele que queríamos fazer isto. Ele está a divertir-se e nós estamos a fazer o outro lado do serviço público: mostrar que Portugal tem muito mais coisas do que as pessoas imaginam.”
“Missão: 100% português” é um desafio de António Raminhos mas acaba por ter impacto na vida da mulher, Catarina, e das três filhas, Maria Rita, Maria Inês e Maria Leonor, conforme o próprio explicou ao nosso jornal.
“Ao início foi difícil porque a nossa casa virou uma balbúrdia, até porque temos três crianças, embora tenhamos tentado manter a vida delas normalizada. O quarto delas está impecável, não lhe mexo, são as coisinhas delas. Tivemos de comer no chão por uns dias mas até acabou por ser divertido, elas adoraram”, concluiu.
TEXTO: João Farinha (com AFS)