Um susto no hospital obrigou-o a fazer uma pausa na TV. No teatro, já leva dois milhões de espectadores somados em peças suas Nos 30 anos de carreira, está de novo em palco com “Mais Respeito que Sou Tua Mãe”.
“Estava num ritmo frenético, a trabalhar das seis da manhã às duas da madrugada. Era uma loucura”, conta, o ator, à N-TV. Uma loucura tão grande que, num dia de dezembro do ano passado, foi parar ao hospital. “Sentia-me esgotado e houve um dia em que tive de ir para o hospital. E o médico disse-me claramente que eu tinha de parar, que estava à beira de um esgotamento”.
O susto obrigou-o a fazer uma pausa na participação no “DDT – Donos Disto Tudo”, o programa de humor da RTP1, de cujo elenco fazia parte desde o início, em 2015, tendo sido substituído por Heitor Lourenço. Monchique reconhece que tem “um grande carinho pelo programa” e, por isso, de vez em quando, grava umas participações especiais. “Mas não podia ser mais. Eu estava completamente esgotado”, insiste.
A peça “God” e, desde março, “Mais Respeito que sou tua mãe”, no Casino Lisboa, absorvem-lhe grande parte das suas energias profissionais. “As minhas peças não são iguais às outras. Eu saio de rastos, porque nas minhas peças eu faço sempre ou várias personagens, ou são textos de grande densidade. Agora, no ‘Mais Respeito’ debito mais de 80 páginas de texto em duas horas de espectáculos”, conta à N-TV.
O retorno não podia ser melhor. “A peça esgota todos os dias, já fomos vistos por mais de 60 mil espectadores. Aliás, nos últimos dez anos, desde que comecei a montar os meus próprios espectáculos de teatro, já fomos vistos por mais de dois milhões de portugueses. É uma coisa única, impressionante”.
Monchique diz-se “comovido com o carinho” que recebe todos os dias. “O carinho do público por mim é avassalador”. E isso tem-se sentido ao longo destes 30 anos de carreira. “Tem sido uma vertigem, uma aventura, muita dedicação e muito trabalho”.
Em “Mais Respeito que Sou tua Mãe”, uma adaptação de um texto do argentino Hernán Casciari, Monchique veste a pele de Esmeralda Bartolomeu, matriarca de uma família problemática, onde pontificam ainda nomes como Luís Mascarenhas, Joel Branco, Tiago Aldeia, Rita Tristão da Silva, ou Rui Andrade.
Tal como em 2010, quando a peça se estreou em Portugal, esta readaptação vai ter uma temporada no Porto, de 14 de setembro a 22 de outubro, no Teatro Sá da Bandeira. “O público do Porto é fantástico, acolhedor. A cidade é fervilhante. Todos os meus espectáculos têm passagem obrigatória pelo Porto”.
TEXTO: Nuno Azinheira
