“Não se pode olhar para baixo”. Rainha Isabel II queixa-se do peso da coroa

A rainha Isabel II confidenciou alguns pormenores sobre o dia da sua coroação e que o peso da coroa lhe traz dificuldades. “Não se pode olhar para baixo para ler o discurso”, confessou.

Aos 91 anos, a rainha Isabel II deu uma rara entrevista à BBC no âmbito de um programa sobre as joias da coroa inglesa, que será transmitido este domingo, cujos excertos revelados esta sexta-feira fazem adivinhar uma conversa invulgar.

Isabel II falou, de entre outros assuntos, do “perigo” que é usar a coroa britânica mais importante, devido ao peso das pedras preciosas, e da carruagem que a transportou no dia da sua coração, em 1953, desde o palácio de Buckingham até à Abadia de Westminster, que descreveu como “horrível” e “muito incómoda”.

A figura da realeza que há mais tempo se mantém no trono não teve pudores em dizer que usar a coroa – chamada Imperial de Estado e que foi feita para a coroação do seu pai, em 1937, e na qual se contam 2 868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, um rubi e centenas de pedras – é uma tarefa difícil. “Não se pode olhar para baixo para ler o discurso, tem que se levantar a cabeça. Se se a baixar, o pescoço parte-se”, confessou.

“Há, portanto, desvantagens nas coroas. Mas, por outro lado, são coisas bastante importantes”, disse Isabel II, que contou ainda detalhes sobre o dia da sua coroação, a 2 de junho de 1953, um ano depois de ter sucedido ao pai, o rei Jorge VI. “Felizmente o meu pai e eu temos a cabeça quase da mesma forma, mas quando se coloca a coroa na cabeça ela fica fixa”.

TEXTO: Mafalda Carraxis

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