Nuno Graciano garante que vai voltar à televisão “só por uma razão”. “Sou muito bom naquilo que faço”

Nunca lhe disseram que aquele dia de maio de há dois anos ia ser o seu último em televisão. “Somos sempre os últimos a saber”, diz Nuno Graciano em entrevista a uma revista digital.

Depois de ter confessado, em entrevista a Daniel Oliveira no seu “Alta Definição”, da SIC, que ter sido dispensado da CMTV, onde conduzia o programa das manhãs ao lado de Maya, “foi de uma brutalidade que não estava à espera, de uma injustiça atroz”, Nuno Graciano voltou a falar do caso. Sem nunca referir nomes ou canais, acusou a falta de responsáveis pelo seu afastamento.

“Há sempre uma zona cinzenta em que parece que as coisas acontecem e ninguém é responsável. Há muita falta de coragem para dizer as coisas na cara das pessoas”, disse ao site So Wanderlust.

O agora empresário, de 49 anos, não tem, no entanto, dúvidas quanto ao seu regresso ao pequeno ecrã. “Eu vou voltar, isso nem é uma questão. E é só por uma razão: porque sou muito bom naquilo que faço. (…) Já fiz de tudo e fiz bem, com resultados, e tenho muitas pessoas que gostam muito de mim. Por isso, é evidente que vou voltar um dia à televisão, é evidente que vou voltar com muito mais força”, sublinhou.

Não será, porém, a convite de quem o afastou. “Vão para a p*** que os pariu”, atirou.

“Há pessoas a trabalhar em televisão e que não têm audiência há anos, em programas de ‘day time’. Não sei porque é que lá estão”

Nuno Graciano diz ainda saber “de pessoas que continuam a trabalhar em algumas televisões [canais] profundamente tristes e amedrontadas”. Um medo real, acredita, “porque são [podem ser] afastadas, postas de castigo”. “Há assim umas coisas hitlerianas”, realçou.

Na mesma entrevista, o ex-apresentador fala ainda dos “muitos lobby” que existem no universo televisivo e refere que há “pessoas a trabalhar em televisão e que não têm audiência há anos, em programas de ‘day time’”.

“Não sei porque é que lá estão. Só lá podem estar por falta de vergonha. Ainda por cima, têm piores audiências do que algumas vez alguém teve e mantêm-se lá anos e anos e anos, algumas delas até com cargos de direção… Deviam dar o exemplo e sair. Já retiraram tantos outros por terem resultados melhores, que se têm resultados piores deviam ser as primeiras a sair”, rematou.

TEXTO: Ana Filipe Silveira

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