“O meu obrigada”. Cristina despede-se “do janeiro mais especial de todos” com emotivo texto

No dia em que chega ao fim “o janeiro mais especial de todos” da vida de Cristina Ferreira, a apresentadora da SIC assina um texto em que expressa o seu profundo agradecimento a quantos contribuíram para um mês de sucesso profissional.

“Acaba hoje janeiro. Amanhã, será fevereiro e a vida continua. Mas este meu janeiro será, sempre, o mais especial de todos. Esperei-o com ansiedade meses sem conta. Vi-o chegar de repente e desejei que demorasse mais. Mas chegou. Chegou para me marcar eternamente.”

Assim começa o texto de Cristina Ferreira publicado esta quinta-feira no seu site, Daily Cristina, e no qual faz um balanço do seu primeiro mês como profissional da SIC. A estreia como apresentadora da agora estação de Paço de Arcos foi a 7, “o dia zero”, em que foi para o ar a emissão inaugural de “O Programa da Cristina”, “mas todos têm sido assim”, constata a malveirense.

A acordar “às 5 [horas] todos os dias” – “O corpo não quer mais cama”, confidencia a comunicadora -, Cristina refere que tem chegado “às 7 a Carnaxide”, a partir de onde são feitos os programas de entretenimento da SIC, e que só de lá sai à “noite”. “Não custa chegar cedo. Como não custa sair tarde. Temos trabalhado todos mais de 12 horas por dia. E todos os dias dizemos: não tarda vai acalmar. E sabemos que não vai.”

Nestas palavras, a anfitriã das manhãs da SIC refere-se a quem com ela tem construído este programa, um sonho idealizado há vários anos, ainda Cristina Ferreira estava na TVI. Colocado na gaveta pela direção do canal de Queluz de Baixo, o programa foi concretizado na SIC. E a liderar desde o primeiro dia, destronando o até então imbatível “Você na TV!”, o programa que apresentou durante 14 anos e do qual foi substituída por Maria Cerqueira Gomes.

Na reflexão que faz no último dia de janeiro, a nova estrela da SIC não podia, por isso, esquecer o público que tem estado a seu lado desde o “dia zero”. “Vivemos […] da campainha que não pára. No dia que ela não tocar é porque faltou a luz. Porque de outra forma ninguém nos vai impedir de entrar na casa de tantos. Os tantos que honramos e nos merecem respeito. Desde o dia em que disseram: esta é também a nossa casa. Desculpem-me. Mas este é o meu obrigada. A todos e a tantos”, lê-se.

Leia o texto na íntegra:

“Sabia que ficaria na minha história. Eu escolhi-o. Mas não sabia que cada um dos dias deste primeiro mês de 2019, seria um recomeço. A 7 marquei no calendário o dia zero. Mas todos têm sido assim. Como se o dia de ontem não tivesse existido. Acordo às 5 todos os dias. O corpo não quer mais cama. Guarda dentro muitas histórias e memórias. Às 7 chego a Carnaxide. Chego de noite. Os rostos que me abrem a porta já são familiares. Na sala da equipa dois ou três. A pouco e pouco mais uns quantos. Os sossegados, os barulhentos, todos. Não custa chegar cedo. Como não custa sair tarde. Temos trabalhado todos mais de 12 horas por dia. E todos os dias dizemos: não tarda vai acalmar. E sabemos que não vai. Vamos sair mais cedo mas nada nos vai acalmar. Porque procuramos o melhor. Porque nunca estamos satisfeitos. Porque rimos e inventamos sem medos. Porque gritamos e comemos salame em conjunto. Porque prometemos dizer tudo uns aos outros. E esta é a hora de dizer: desculpem-me esta mania de querer a perfeição. Desculpem-me os “nãos”. Desculpem-me o “ainda não é para agora”. Desculpem-me o terem de voltar à cadeira para procurar melhor. Desculpem-me. Mas não sei fazer de outra maneira. Vocês também não sabem. Vivemos da paixão e do calor que a televisão nos dá. Das pessoas. Dos “Zés Marias” que nos invadem a alma. Dos convidados que alinham no nossa loucura. Da campainha que não pára. No dia que ela não tocar é porque faltou a luz. Porque de outra forma ninguém nos vai impedir de entrar na casa de tantos. Os tantos que honramos e nos merecem respeito. Desde o dia em que disseram: esta é também a nossa casa. Desculpem-me. Mas este é o meu obrigada. A todos e a tantos.”

TEXTO: Dúlio Silva

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