Os mais vistos de 2017 | O ano está a terminar e com ele vão também os primeiros meses de aventura da N-TV. Ao longo dos últimos seis meses, brindamos os leitores com milhares de artigos. Os melhores exclusivos, as melhores entrevistas, as melhores fotografias e as melhores recordações. Lembramos, por isso, as publicações que mais mereceram a sua atenção. Eis o quinto, datado de 3 de setembro.
Parece que foi “ontem”, mas já se passaram 17 anos. O programa que revolucionou a forma como olhamos para a televisão estreou-se, na antena da TVI, a 3 de setembro de 2000. Entre as sete edições (quatro com concorrentes anónimos e três com famosos), há um que se destaca: o “menino de ouro” de Teresa Guilherme.
Tem 40 anos e chama-se Telmo Ferreira. A apresentadora de “Big Brother” nunca escondeu que, entre as centenas de concorrentes de “reality shows” que deu a conhecer aos portugueses ao longo dos últimos 17 anos, Telmo foi e é o seu participante favorito de sempre. Mas já voltamos a Telmo…
Piet-Hein Bakker, na altura responsável da produtora Endemol, apresentou a Emídio Rangel o formato que contava apenas, até então, com uma versão na Holanda. O diretor-geral da SIC recusou-o, mas sabia do potencial que o programa tinha. Conta-se que o queria ter na “gaveta” da estação de Carnaxide, somente para impedir que outro canal o comprasse e o emitisse.
Mas Piet-Hein queria produzi-lo. Não queria o formato “engavetado”. Por isso, foi bater à porta da TVI, que tinha José Eduardo Moniz há bem pouco tempo na direção-geral. “Foi rapidíssimo. Mostrei de manhã e à tarde tinha o compromisso”, relembrou em 2010 o antigo responsável da Endemol ao “Diário de Notícias”.
A TVI comprou os direitos de “Big Brother”
por cerca de um milhão de contos
(5 milhões de euros).
A estreia veio a acontecer pouco tempo depois, estávamos em setembro de 2000. Teresa Guilherme na condução, com o apoio de Pedro Miguel Ramos. Um estrondo em audiências, que levou rapidamente a TVI à liderança, destronando a imbatível, até aí, SIC.
Veja a promoção com Teresa Guilherme à primeira edição de “Big Brother”:
A televisão não mais foi a mesma. A ponto de uma agressão a uma concorrente, o tão mediatizado pontapé de Marco a Sónia, ter aberto o “Jornal Nacional” desse dia, o mesmo em que Jorge Sampaio anunciara a recandidatura a Belém. Decisão arriscada, mas que valeu à TVI a liderança incontestável desse dia nas audiências (40,7 de quota de mercado). O melhor resultado alguma vez obtido em sete anos de emissões.
Os bons resultados levaram a estação a fazer seis edições consecutivas do formato (a estas junta-se uma sétima, “Big Brother VIP”, produzida em abril de 2013), quatro com participantes anónimos e duas com figuras públicas. Entre eles, Telmo Ferreira, que se mantém desde sempre como o concorrente favorito de Teresa Guilherme.
Telmo participou na primeira edição do “reality show”. Vinha de Leiria e tinha 23 anos. Foi na casa do “Big Brother” que conheceu a mulher da sua vida, Célia, com quem ainda hoje está casado. Um amor que já deu dois frutos, um filho de 12 anos e outro de cinco meses.
Franco, honesto, divertido e apaixonado. Qualidades que levam Teresa ainda hoje a considerá-lo o melhor concorrente que lhe passou pelas “mãos”. “É um menino de ouro”, revelou recentemente a apresentadora, de 62 anos, em entrevista à N-TV. Para a ler, pode clicar aqui.
Depois de “Big Brother”, Telmo ainda voltou a ser uma estrela na televisão portuguesa. Concorreu a um outro “reality” da TVI, “1ª Companhia”, apresentado por Júlia Pinheiro em 2005. Venceu o programa, ficando acima de Diana Chaves, que terminou em segundo lugar naquele que foi o programa que a catapultou para a fama.
Telmo Ferreira é bombeiro de profissão. Recentemente, foi notícia na imprensa por ser um dos muitos profissionais a ajudar no combate às chamas de Pedrógão Grande. Mas antes, ainda teve uma curta passagem pela política. Em 2011, concorreu a deputado do círculo de Leiria, tornando-se assim no 14º candidato na lista do PS.
Percorra a fotogaleria e veja como está hoje Telmo, o eterno “menino de ouro” de Teresa Guilherme.
TEXTO: Dúlio Silva