Pablo Alborán: “Sou o meu pior inimigo, e assim será até morrer”

Depois de dois anos afastado das luzes da ribalta, o cantor espanhol Pablo Alborán está de volta e deu uma entrevista intimista ao jornal “El País”, onde revelou que precisou de parar por já não se reconhecer.

O intérprete de êxitos como “Solamente Tú” ou “Perdóname”, que dividiu com a fadista portuguesa Carminho, está de volta aos palcos e assinalou o seu regresso com uma entrevista em que falou sobre o que o fez precisar deste afastamento e como responde a quem o considera um “lamechas”.

“Esqueci-me de aproveitar a vida, de respirar. Estava cansado, vazio. Não sentia vontade de compor, perdi a ilusão, não me reconhecia no espelho. Era hora de parar, estava a sufocar”, começou por afirmar Pablo Alborán, de 28 anos, o cantor romântico que fez “parar” Portugal há cerca de seis anos, quando se tornou conhecido no nosso país por dividir um tema com Carminho.

Quando questionado sobre o seu perfeccionismo e sobre se sente que é o seu pior inimigo, o artista não hesitou. “Absolutamente, sempre fui. É por isso que agora me reeduco, e assim será até morrer”, afirma, para a seguir confessar que precisou de ajuda profissional. “Não fui a um psicólogo diariamente, mas tentei, e não um, mas vários. Mas no fim de contas está tudo em nós, porque nós somos os nossos piores inimigos, mas também os nossos melhores psicólogos. Eles não nos dizem nada que nós não saibamos. E a família às vezes não entende porque não vive o que nós vivemos. Uma vez alguém me disse ‘Olha para o teu saldo da conta bancária e relaxa’ e eu disse ‘Não se trata disso! Tenho trabalho, tenho sucesso, mas…’”, contou o cantor.

O cantor, que fala sobre o amor em quase todos os seus temas, garantiu ainda que o estigma de “cantor romântico” não só não o incomoda como é um orgulho para si. “Adoro ser uma ‘menina’ e um lamechas. Vivam a sensibilidade, a emoção e as conversas sobre o que sente cá dentro!”, concluiu.

TEXTO: Nuno Azinheira

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