Patrícia Tavares vai ser uma minhota da cabeça aos pés na novela “Para Sempre”, que a TVI está a gravar. O visual é algo de novo na carreira.
Ela está de volta às novelas. Depois de “Terra Brava”, na SIC, na qual desempenhou a conflituosa “chef” “Andreia”, Patrícia Tavares participa em “Para Sempre”, o enredo que a TVI está a gravar e, em vez de dar vida à mulher habitualmente sofisticada, desempenha uma personagem humilde, empregada de um dos elencos da trama protagonizada por Diogo Morgado. Por isso, as roupas leves ou glamorosas que costuma usar na ficção – e fora dela -, foram substituídas pelos trajes típicos do Soajo, no Alto Minho, onde decorre parte da ação. Agora, é ver Patrícia Tavares de lenço na cabeça, xaile e saia comprida.
“Ela é uma mulher simples, sem maquilhagem, sem pintar o cabelo, sem as unhas arranjadas, com umas alpercatas ótimas”, diz, a sorrir, a intérprete, em entrevista à N-TV. “Esta roupa toda no inverno foi ótima, porque ainda tinha camisola interior, que não tenho agora”, lembra. “Neste momento, está a tornar-se um bocadinho mais complicado porque tem estado calor, mas tudo se faz”, garante Patrícia Tavares.
Vestir a roupa tradicional do Soajo “foi ótimo”. “Não foi a primeira vez que me vesti de minhota, já o tinha feito nas Festas da Nossa Senhora da Agonia, e foi muito bonito, porque tudo aquilo tudo obedece a um ritual, a forma de colocar o ouro… é muito bonito!”, resume.
“Gravar no Norte tem sido incrível, come-se muito bem, há sítios maravilhosos: Braga, Arcos de Valdevez e o Soajo… não conhecia e fiquei fascinada. Aquela natureza, o contacto com a população, de repente estás na prata e vem uma manada de vacas ou aparecem cavalos selvagens e vivem tudo uns com os outros sem se chatearem. Tudo aquilo está muito bem, flui tudo”, diz ainda a atriz.
A sua personagem, “Maria das Dores”, “tem uma fisicalidade um bocadinho diferente”, acrescenta. “Trabalhei com a direção de atores e realizadores. Sou muito observadora e tenho muitos ficheiros na cabeça que vou usando. Depois, gosto da pressão, que te obriga a não ter medo, porque se tiveres medo não vais a lado nenhum!”