O antigo jogador estreia-se em novelas e quer se um chamariz para outros craques em “Rua das Flores”: Cristiano Ronaldo e Messi. Antes, vai desafiar o “pai desportivo”.
Acabaram-se os passes em campo e as corridas vertiginosas nos relvados com a bola colada ao pé esquerdo: Paulo Futre agora “passa texto”, como se diz na gíria das novelas e as corridas, essas, são para chegar a horas todas as manhãs, perto das 8h00, aos estúdios da produtora Plural, em Bucelas.
“Isto é um sonho, isto é uma loucura, eh, pá, nem sei o que hei de dizer mais”, afirma Paulo Futre à N-TV sobre a sua estreia em novelas, na “Rua das Flores”, que vai ocupar o horário das sete na TVI. “A jogar à bola fui um jogador de grandes jogos, quando maior a pressão, melhor. Agora deram-me um guião dividido em três partes e a primeira tinha logo 15 frases… e algumas delas com mais de dez palavras. Para mim as primeiras gravações foram como uma final da ‘Champions’, mas foi logo à primeira e ganhei confiança”, acrescenta o antigo “internacional” português, que admite, ainda assim, ter “tremido” nos dias anteriores “pois parecia que ia jogar com o Bayern Munique”. “Tens de transpor emoções e eu dentro de campo fui sempre um grande ator. Aqui é a palavra que joga e em vez de treinar com os pés treino com a cabeça e com a palavra”.
Futre teve um “professor” especial, o ator António Melo. “O meu querido Tó Melo ensinou-me as mil maneiras de dizer bom dia e até em italiano as formas de dizer ‘buongiorno’”.
Entretanto, o agora “ator” já anda à procura de outras estrelas para elenco. “Falei no Messi e no Cristiano Ronaldo, mas quando a novela sair pode trazer mais craques. Falei naqueles dois porque não há mais acima deles. Isto é uma rua de verdade e estou convencido que toda a gente vai querer vir aqui”, justifica.
“Adorava ter aqui o Pinto da Costa, por exemplo, um dos meus pais desportivos. Gostava de o ter aqui a beber comigo e um cafezinho e se me perguntarem de treinadores gostava ter o Mourinho. Vão ser todos meus convidados”, assegura, enquanto desvenda que a sua personagem, “Paulo Jorge”, nasceu na rua fictícia da novela. “Depois saí daqui e voltei 30 e tal anos depois. O Futre aqui não existe. Ou sou Paulinho ou Paulo Jorge”.
Entre os elogios que têm surgido, Eduardo Madeira destacou a espontaneidade de Paulo Futre na contracena. “Não me aguento quando estou com o Eduardo. Portugal vai-se apaixonar pela personagem dele, é um génio”, elogia Futre, que lembra que teve um “mano a mano” ou seja, uma cena, com o protagonista José Pedro Gomes. “Foi um problema, nem dormi na noite anterior, o Zé Pedro à minha frente!”
Dos tempos do futebol surge nova comparação. “Quando chegava ao balneário era eu a estrela, mas aqui receberam-me como uma família”, lembra, sobre os tempos do Atlético Madrid. Em breve, vai dar uma entrevista a um programa do “coração” da televisão espanhola. “Até falaram em mim na revista ‘Hola’ e tudo”, informa o antigo craque.
Sobre a participação especial no “Big Brother Famosos”, Futre confirma que gostou do desafio. “Foi uma grande experiência. Aquilo foi a brincar, mas também um pouco a sério. Diverti-me e aquilo é enorme, só estando lá é que uma pessoa percebe, aquelas cores, o espaço cá fora… era difícil estar lá todos os dias, mas gostava de dormir lá uma noite”.
Em breve, e enquanto grava a novela, Paulo Futre vai ter um espaço de comentário na CNN Portugal. “Para a semana vamos estar sentados e a ter ideias em cima da mesa, até porque vem aí o Mundial de Futebol!” garante.