Pedro Teixeira viajou até à Polónia, no passado fim-de-semana, para ajudar os refugiados da Ucrânia e esteve no “Breaking News”, da CNN Portugal, a relatar tudo o que se passou.
Depois da Imprensa adiantar que o ator estava de viagem até ao território polaco para ajudar os refugiados da Ucrânia, eis que surge o relato do sucedido por parte do intérprete da TVI.
“A minha ideia de ajudar nasceu a partir do momento em que nós todos os dias somos bombardeados com estas notícias da guerra, todos os dias vemos mães com crianças no frio e eu acho que só quem não tem o coração no sítio certo, quem não olha para aquelas coisas e não se comove a ver aquelas coisas e não tem oportunidade que eu tive, porque estive uns dias sem trabalhar, felizmente tenho possibilidade e conheço algumas pessoas que me ajudaram rapidamente a recolher medicamentos, roupas, comidas de criança, tudo o que eu achava necessário levar”, começou por dizer.
O intérprete não viajou sozinho e fez-se à estrada com um amigo para “fazer o que qualquer um faria”. O ator relatou o que viu quando chegou: “Em vez de estarmos a ver na televisão, estamos a ver as coisas ali. Vês mães com crianças, vês pessoas completamente desesperadas sem saber o que fazer”.
Pedro Teixeira revelou alguma revolta com a organização da ajuda humanitária: “O desespero leva-nos a fazer coisas que não devemos às vezes, as nossas associações cá estão todas a funcionar lindamente, estão bem organizadas na recolha de alimentos, medicamentos, roupas. Quando saem daqui, o problema é quando chegam lá e isso foi um dos problemas que eu vi: vi uma carrinha que tinha cerca de 70 lugares para trazer refugiados, tinha uma lista de pessoas para trazer e, quando chegou à Polónia, já não tinha ninguém para trazer porque as organizações e associações são tantas”.
“Acho que agora está na altura porque todos os dias que passam a situação piora, de alguém arranjar uma organização governamental e que pegue nestas organizações e as organize”, disse.
O ator alertou para os perigos do tráfico e roubo de passaportes: “Não pode ser uma pessoa como eu a chegar e repente a trazer uma pessoa de um centro de refugiados. Isso é possível e aconteceu. Trouxe uma pessoa e deixei cá com a família, mas imagina que eu não a queria trazer e queria fazer outra coisa qualquer e que lhe roubava o passaporte. Essas coisas acontecem por as coisas não estarem organizadas”, afirmou.
Pedro Teixeira deixou um elogio às associações e organizações que têm feito “um trabalho inacreditável”.