Petição pública contra o “cyberbullying”, nervos e dedo apontado ao ecrã: a entrevista de Cristina Ferreira na TVI

Cristina Ferreira
Fotografias: Instagram Cristina Ferreira

Cristina Ferreira vai avançar com uma petição pública para discutir e penalizar o “cyberbullying”. A apresentadora da TVI esteve esta noite no “Jornal das 8”, emocionou-se e acabou a entrevista de dedo em riste e a falar do perigo do eventual suicídio das vítimas.

A diretora de Entretenimento e Ficção da TVI esteve esta noite no “Jornal das 8” e, em entrevista a José Alberto Carvalho, usou o recente e polémico livro “Para Cima de Puta” para recordar as perseguições de que é alvo nas redes sociais.

Pelo meio dos cerca de 20 minutos de conversa, a notícia: vai lançar uma petição contra o “cyberbullying” e levar o tema ao Parlamento.

A “loira da Malveira” começou por reclamar o direito “à privacidade, dignidade e vida familiar” e defendeu que o que vê nas suas redes sociais “não são críticas, são ofensas”, que, acrescenta, “pretendem uma destruição pessoal e profissional”.

A comunicadora garantiu que tudo piorou quando abandonou a SIC e voltou à TVI, no verão passado. “Recebi comentários que não recebia. As pessoas não perceberam o porquê da mudança”.

Seguiu-se uma alfinetada à estação dirigida por Daniel Oliveira: “Todos temos o direito a achar que as nossas escolhas não foram as mais corretas, por muito que tenhamos sido felizes durante algum tempo”.

Apesar de receber insultos, maioritariamente, assinados por mulheres, Cristina Ferreira generalizou: “Temos dentro de nós esta maldade, fruto de uma cultura machista”.

Com o livro na mão – do qual garantiu não receber um cêntimo, com as receitas a reverterem para associações contra o “bullying” – e sem usar a palavra em destaque na obra para “não ferir a suscetibilidade dos telespetadores”, a diretora da TVI deixou uma garantia: “Nada do que está aqui me toca. Desenvolvi uma defesa mental”.

Mas mostrou que “toca” aos seus. E, aqui, mostrou-se emocionada e assumiu o “nervosismo”, ao contrário do que aconteceu no direto anterior, de seis horas, com Manuel Luís Goucha no programa “Em Família”. “O meu filho ou o meu pai leem isto todos os dias. A Imprensa devia ter regulação, porque está em roda livre”.

Seguiu-se uma comparação entre o tratamento noticioso que é dado aos homens e às mulheres. “Quantas capas de homens com poder foram feitas nos últimos anos? Por que é que não é notícia que um homem vá três meses para fora em trabalho e deixe cá o seu filho. Por que é que ainda há quotas para mulheres nas administrações?”

Finalmente, o dedo indicador direito em riste para o ecrã, num diálogo direto com os telespetadores: “Não me calo! Uma menina francesa suicidou-se com 13 anos por coisas que escreveram dela na Internet. Podia ser o seu filho ou a sua filha a não aguentarem e a suicidarem-se…”