O jornalista Rodrigo Pratas classificou esta sexta-feira de “nojento” e “vergonhoso” a “transmissão em sinal aberto de um massacre terrorista de fiéis inocentes”. “A partir de hoje, aquela ‘coisa’ sai da minha grelha de canais”, acrescentou, sem nunca escrever o nome do canal.
“Para que fique registado, prefiro limpar esterco de uma pocilga a ter de algum dia ver – quanto mais trabalhar – (n)um sítio onde a total ausência de princípios humanos, éticos e deontológicos leva à transmissão, em sinal aberto, de um massacre terrorista de fieis inocentes”.
Foi desta forma que Rodrigo Pratas repudiou sexta-feira, através do seu perfil aberto do Facebook, a transmissão das imagens do atentado da Nova Zelândia. O terrorista, que matou 49 pessoas, filmou o ataque às mesquitas com uma câmara colocada no capacete e transmitiu as imagens em direto através das redes sociais.
As imagens foram transmitidas em todo o mundo, com diferentes graus de edição, em sites e canais de televisão. Em Portugal, a RTP não emitiu as imagens, a SIC Notícias optou por divulgar apenas as imagens captadas pelo autor do atentado no exterior das mesquitas. A TVI editou as imagens, enquanto a CMTV passou em “repeat” o atirador a disparar dentro das mesquitas e os corpos amontoados no chão.
Na sua publicação no Facebook, Rodrigo Pratas deixou claro que “é nojento, é vergonhoso o que aquela “coisa” está a fazer desde manhã”. E terminou: “A partir de hoje, aquela “coisa’ sai da minha grelha de canais”, concluiu o jornalista, sem nunca escrever o nome do canal.
Contactado pela N-TV, o pivô da estação informativa da Impresa deixou claro não querer ir mais longe em relação ao que escreveu no Facebook. Disse apenas: “A transmissão daquelas imagens é violência gratuita e não acrescenta nada à informação revelada aos espectadores”.
TEXTO: N-TV
